Marcelo Paz detalha tensão, exige punição rígida e cobra vitória após caos no Chile
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Marcelo Paz detalha tensão, exige punição rígida e cobra vitória após caos no Chile
O dirigente tricolor relatou a postura firme do clube de não retomar a partida após a invasão e destacou o que espera da Conmebol diante do cancelamento do jogo contra o Colo-Colo
Foto: JAVIER TORRES/AFP
Jogo entre Colo-Colo e Fortaleza pela Libertadores foi cancelado após invasão de torcedores chilenos no segundo tempo
Poucas horas após o susto e a tensão vividos no Chile, o CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, conversou com exclusividade com a coluna e narrou os momentos de aflição no Estádio Monumental David Arellano. Ele relatou a postura firme do clube de não retomar a partida após a invasão e destacou o que espera da Conmebol diante do cancelamento do jogo contra o Colo-Colo. Segundo o dirigente, o Tricolor vai buscar que a partida seja declarada como vitória ao Leão, com base no regulamento da própria entidade.
"Acho que tem que ser uma punição muito rígida para a gente criar algo que inibia situações como essa. Se permanecer o placar do jogo, qualquer torcida vai invadir o estádio, se o empate for bom, acaba o jogo, não tem mais jogo", disse Marcelo à coluna.
O dirigente garantiu que o clube acionará juridicamente a Conmebol para validar a vitória sobre o Colo-Colo, em jogo válido pela segunda rodada do Grupo E da Libertadores. Com o aval da CBF, o Fortaleza entende que a invasão de torcedores do time chileno e o posterior cancelamento da partida por falta de segurança se enquadram no artigo 24 do Código Disciplinar da Conmebol. Dessa forma, o clube cearense reivindica que o resultado seja decretado como vitória tricolor.
"O Fortaleza também vai se posicionar juridicamente por entender que o regulamento da Conmebol seja cumprido à risca na íntegra. O que aconteceu foi lamentável, não pode ser tolerado. A gente já tem uma peça bem fundamentada com relatos, fotos, para que isso possa ter o efeito correto, que são as devidas punições", salientou Paz.
A partida entre Colo-Colo e Fortaleza foi interrompida aos 25 minutos do segundo tempo, após torcedores do clube chileno invadirem o gramado portando objetos, como barras de ferro. Os jogadores do Tricolor correram imediatamente para os vestiários.
Do lado de fora do Estádio Monumental, houve tentativa de invasão, confronto com a polícia e duas pessoas morreram.
Tensão nos bastidores e decisão de não voltar a campo
Durante a invasão, Marcelo Paz e outros dirigentes do Fortaleza estavam em um camarote disponibilizado à diretoria tricolor. O CEO tentou se deslocar imediatamente até o vestiário para prestar suporte aos atletas e à comissão técnica, mas a movimentação da torcida do Colo-Colo dificultou o acesso.
"Situação bem difícil. Ninguém espera viver um negócio desse. Tensão, a gente fica preocupado com a segurança de todo mundo que é ligado a gente. Nós demoramos para poder chegar ao vestiário porque a torcida do Colo-Colo estava saindo do estádio e o caminho do camarote até o vestiário passa no meio da torcida. A gente ficou retido ali e sem comunicação praticamente com o vestiário", relatou.
Segundo Paz, a decisão de não retornar ao campo foi coletiva e alinhada entre atletas, comissão técnica e diretoria.
"A gente sabia que os jogadores e a comissão técnica precisavam de alguém da direção para decidir juntos. Eles esperaram, nós chegamos. Desde o começo, a fala do Fortaleza era que não voltaria para jogar. Jogadores do Colo-Colo não queriam voltar. A Conmebol, por protocolo, pediu para que esperasse um pouco. Que acima de tudo a gente não deixasse o estádio, eles estavam buscando a solução, até chegar a solução de não ter o jogo."
A delegação do Fortaleza deixou o Chile na tarde desta sexta-feira, 11, em voo fretado rumo à Capital cearense. O Leão volta a campo neste domingo, 13, quando enfrenta o Internacional, no Castelão, pela Série A do Campeonato Brasileiro.
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