Ceará é punido por pênalti questionável nos acréscimos em Salvador
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Ceará é punido por pênalti questionável nos acréscimos em Salvador
Na minha avaliação, o toque não deveria ser interpretado como infração. O atacante do Bahia forçou o contato na passada e valorizou demais a queda
Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia
Acevedo e Lucas Mugni disputam lance no jogo Bahia x Ceará, na Fonte Nova, pelo Campeonato Brasileiro Série A 2025
Um pênalti polêmico, marcado nos acréscimos da partida, impôs uma dura derrota ao Ceará diante do Bahia, em Salvador. O resultado é extremamente frustrante, tanto pelo que o Vovô apresentou ao longo dos 90 minutos quanto pelo fato de a decisão da arbitragem ter sido determinante no placar final.
O lance que definiu a partida envolve um toque de Pedro Henrique em Tiago dentro da área. O árbitro Rafael Klein só assinalou a penalidade após revisão do VAR. Na minha avaliação, o toque não deveria ser interpretado como infração. O atacante do Bahia forçou o contato na passada e valorizou demais a queda. Foi um pênalti interpretativo — e interpretado da pior forma possível.
Após uma interferência como essa, fica até difícil analisar o jogo em si, já que a arbitragem acabou contaminando o desfecho da partida.
Se não fosse o gol de pênalti, estaríamos aqui destacando a grande atuação do goleiro Fernando Miguel, que substituiu Bruno Ferreira e foi um dos melhores em campo. Fez defesas importantes, operou um milagre e teve uma performance segura quando exigido.
Com a bola rolando, a proposta de jogo de Léo Condé foi clara: ceder a posse ao Bahia, fechar os espaços e explorar os contra-ataques. No geral, o sistema defensivo se comportou bem e dificultou bastante a criação do Esquadrão. Na reta final da segunda etapa, quando o desgaste físico ficou evidente, o Ceará sofreu, é verdade — mas ainda assim contou com Fernando Miguel em noite inspirada para manter o time vivo até os acréscimos.
De certa forma, a queda física da equipe e o consequente aumento do volume ofensivo do Bahia acabaram resultando em um castigo cruel para o Vovô.
Ofensivamente, o Ceará teve dificuldades. No primeiro tempo, quando a partida estava mais equilibrada, o Alvinegro conseguiu pelo menos três boas chegadas. O problema foi que o homem de referência da equipe, Pedro Raul, não estava numa noite letal.
Em duas jogadas promissoras, o camisa 9 optou pelo chute quando o passe parecia a melhor escolha. Ainda assim, não dá para crucificar um jogador que vive boa fase e confia na finalização. Em outro momento, quando escolheu servir o companheiro, Aylon cabeceou nas mãos de Marcos Felipe.
No segundo tempo, o ataque alvinegro foi muito discreto. A melhor chance foi já aos 46 minutos com Matheus Araújo. A equipe teve enorme dificuldade para articular transições ofensivas, enquanto o sistema defensivo, mesmo pressionado, resistiu até onde pôde.
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