Sufoco contra o Retrô expõe abismo tático do Fortaleza
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Sufoco contra o Retrô expõe abismo tático do Fortaleza
Do ponto de vista esportivo, o time ao menos terá a vantagem de decidir a vaga em casa, no Castelão, e uma vitória simples garante a classificação na Copa do Brasil
Foto: Matheus Amorim / Fortaleza EC
Retrô x Fortaleza, em duelo válido pela Copa do Brasil 2025
O gol de empate do Fortaleza diante do Retrô, aos 43 minutos do segundo tempo — chorado, no sufoco — simboliza o atual momento de dificuldade ofensiva do time cearense. O 1 a 1 no Recife é decepcionante diante das perspectivas do Leão na temporada e do baixo nível de atuação contra um adversário da Série C. Do ponto de vista esportivo, o time ao menos terá a vantagem de decidir a vaga em casa, no Castelão — e uma vitória simples garante a classificação na Copa do Brasil.
Antes do jogo contra o Retrô, pensei: pode ser o adversário ideal para se recuperar. Mais elenco, mais investimento. Mesmo em má fase, o mínimo esperado era que o Fortaleza vencesse com certa tranquilidade. Mas não foi isso o que se viu em campo. O Retrô, bem mais organizado, pagou caro pelos gols desperdiçados — foi superior ao Fortaleza durante a maior parte do jogo.
Fiquei assustado com o nível da atuação tricolor. A equipe parece ter mergulhado em um abismo sem fim, sem solução aparente. Foi, mais uma vez, um time extremamente desorganizado, ansioso, que tenta resolver tudo com pressa, mas é lento para construir. Os pontas não criaram, o meio-campo foi apático e, como já tem sido rotina, a defesa se mostrou vulnerável.
Foi mais do mesmo. E, sinceramente, eu esperava que contra o Retrô o time tomasse as rédeas da partida. Não aconteceu.
No primeiro tempo, o Fortaleza criou apenas duas chances claras, enquanto o Retrô, melhor organizado, abriu o placar com Richard Franco, levando um resultado justo para o intervalo.
Na segunda etapa, Vojvoda colocou em campo Breno Lopes, Marinho e Martínez — trio que voltava de lesão. Ainda assim, a equipe seguiu desorganizada e demorou para se encontrar. O Tricolor só cresceu a partir dos 30 minutos, quando o Retrô recuou demais e passou a tentar segurar o resultado.
O volume ofensivo do Fortaleza, embora desordenado, foi recompensado pela entrega e pela luta. Lucero marcou o gol salvador que evitou o desastre que seria uma derrota.
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