
Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
O Jornal O Estado, onde colaborei por algum tempo, no início do Governo Parsifal, teve a primazia de abrir os comemores de mais um jubileu de coluna, o jornalista diário mais antigo do mundo.
A iniciativa foi de Iratuã Freitas, cujo texto, publicado ao raiar de agosto, agora transcrevo, com muito prazer e justificada gratidão:
A "Quinta da Memória" traz hoje um resgate histórico e especial, homenageando o colunista Lúcio Brasileiro, fazendo 69 anos de profissão neste mês.
No sábado 13 de agosto de 1955, Lúcio Brasileiro, até então Francisco Newton Quezado Cavalcante, teve sua primeira coluna (enviada na quinta 11, escrita à mão e datilografada por Adísia Sá) publicada na Gazeta de Notícias, propriedade de três, Olavo Araújo, José Afonso Sancho e Antônio Brasileiro - o mais rico de todos.
Então um menino, Newton bateu à porta da Gazeta, na Senador Pompeu, à procura de Luís Campos, tentando obter uma coluna social, porém, o funcionário Dias, que o recebeu, disse que o redator-chefe só chegava à redação às 19h30.
Um mês depois, retornou ao jornal e conseguiu conversar com Luís, homem de grande visão, que se interessou pela ideia, principalmente por saber que o garoto mantinha no Colégio Marista fortes laços de amizades com nomes tipo Roberto Maia, filho do vice-presidente do Ideal, Jorge Coelho, filho do fundador do Náutico, Pedro Coelho, e Célio Moraes, filho de famoso comerciante dono da Loja Eiffel no Edifício Excelsior na Praça do Ferreira. A vida social acontecia justamente nesses espaços, e Newton sabia que precisava frequentar os clubes para ter acesso às informações desse universo.
A priori, Campos concordou, vendo ali a oportunidade de o jornal se aproximar do Ideal e, com isso, dos muitos empresários e políticos frequentadores, o que podia ser interessante comercialmente para a Gazeta. Porém, faltava a aprovação dos donos do jornal. A reunião com a proposta de estrear uma coluna social foi extremamente conturbada, os três proprietários contra, principalmente Antônio Brasileiro. Todavia, explicando as possibilidades do crescimento do jornal, Campos convenceu Olavo e Sancho, saindo do encontro vitorioso, embora, rouco, tamanha a argumentação usada na defesa de que o jornal tinha que ter uma coluna mundana.
Depois, se "vingando" ou apenas ironizando Antônio, que não arredou pé de sua decisão, Luís resolveu batizar o novo cronista com o pseudônimo Brasileiro e, contando a história ao publicitário Heitor Costa Lima, este sugeriu acrescentar Lúcio. E assim nasceu Lúcio Brasileiro, que tem construído um legado memorial da sociedade, tirando o tabu da coluna social fútil e frívola, demonstrando sua importância no registro e resgate da historiografia cearense. Parabéns pelas Bodas de Vinho, e que venha 2025 com 70 de coluna!
Saudações ao mestre!
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