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Quando fala o coração
Foto de Lúcio Brasileiro
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Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.

Lúcio Brasileiro comportamento

Quando fala o coração

Veja a íntegra da saudação do Jornalista Pádua Lopes a este colunista
Tipo Opinião
PÁDUA, irmão civil (Foto: ACERVO PESSOAL)
Foto: ACERVO PESSOAL PÁDUA, irmão civil

Este espaço dominical será devidamente ocupado pela manifestação do jornalista Pádua Lopes, que foi meu companheiro diário na pioneira TV-Ceará:

De inestimável valor para a memória do Ceará, é esta iniciativa de Beto Studart de patrocinar a biografia de Lúcio Brasileiro, porque preserva a história do colunismo social através da figura de seu maior expoente. Quando o ex-governador Lúcio Alcântara sugeriu a ideia, Brasileiro logo alertou que a biografia deveria "começar ontem", significando que o fosse o mais rápido possível. Um mês depois, Beto convocou os amigos para uma nova reunião, dando início às primeiras entrevistas do biografado. Por essa dinâmica que imprime a seus projetos, Beto é um empresário bem-sucedido em seus negócios e se faz bem-amado por seus amigos.

A tarefa de biógrafo foi confiada ao escritor Reginaldo Vasconcelos, ilustre presidente da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, uma das entidades mais representativas da nossa cultura. Intelectual de amplos recursos, ele apresenta um texto impecável junto à narração empolgante. A capa do livro é do artista Geraldo Jesuino, mestre em desenho gráfico, igualmente membro daquela Academia.

Creio ter sido distinguido para proferir esta saudação porque foi Brasileiro que me aproximou de Beto, mercê de uma viagem às ilhas do Mar do Caribe, numa comitiva integrada, além de nós três, por Ana Maria Studart, Renata e Cláudio Vale, Zena e Cláudio Targino. A vida é cheia de recordações e esta é uma oportunidade de externar o quanto foi marcante e agradável a convivência na viagem.

Com sutileza, Lúcio nos transmite que assimila estoicamente, com absoluta serenidade, a passagem do tempo, vivenciando uma transcendência espiritual. Demonstra acreditar naquilo que faz com uma força interior iluminada que o conduz na vida de modo a poder sempre chamá-la de "a sua vida".

O biografado completou, em abril último, 85 anos. Se fizermos a analogia de que um ano de vida corresponde a um quilômetro de jornada, ele percorreu, com sobra, duas maratonas inteiras de vida (cada maratona tem pouco mais de 42 quilômetros). Pode haver tropeçado alguma vez, mas ele ainda corre no circuito da vida, mantendo o primeiro lugar em inteligência, em memória e em jovialidade, entendida essa como a capacidade de se adaptar às novas condições da existência. Ele é um vitorioso em toda a grandeza da palavra.

Nessa finda temporada de Olimpíadas, ele mereceria ter ascendido ao pódio para receber a Medalha de Ouro pela coluna social diária - a mais antiga no mundo -, pela paixão ao jornalismo, por sua honradez, pela sinceridade e pela fraternal amizade. Mas, estando em Fortaleza, não lhe outorgamos o troféu de atleta. Entregamos ao colunista uma joia mais valiosa e mais nobre, uma Moldura Dourada, ou seja, o seu retrato dentro do contorno amarelo, estampado na magnífica capa da sua biografia. Através do simbolismo dos depoimentos, constantes nas páginas da biografia, nós - os amigos de Lúcio Brasileiro -, o reverenciamos como o colunista social campeão, porque faz da própria vida uma obra de arte.

 

Foto do Lúcio Brasileiro

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