Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
Atendendo a pedido da leitora Ivonilde, republicamos um dos melhores textos do Paulo Francis.
Tarso de Castro morreu, no Brasil, quem morre, vira bom, comigo mesmo não, violão.
Era um moleque, um patife, um celerado, fez muito mal a mim e a amigos meus, muito.
Morreu porque quis, proibido de beber desde 1970, quando mandei procurar Clementino Fraga, estava cuspindo sangue.
Clementino proibiu café e, sobretudo, álcool, porém, dias depois, encontrei Tarso cafungando no Antonio's.
E ele então justificou pra quem quisesse ouvir: Cocaína, o doutor não proibiu.
Recado ao Guto: Ugarte nunca teve uma música favorita, a não ser, talvez, Por Duas Polegadas a Mais, Passaram a Baiana Pra Trás.
Que tocou quase a noite toda, quando Wilma Patrício trouxe Martha Rocha pra conhecer a casa.
Deus me livre do futebol de hoje em dia, bola murcha e jogadores tronchas.
Como se viu no Flamengo x Corinthians.
Monsenhor Quinderé não foi imortal, a não ser pelas tiradas espirituosas.
Mas, agora tem um representante, Fernanda Quinderé, que o chamava de Dedé.
Quinta, 24 de outubro: Ronei Paiva, que sempre pediu champagne, tendo Dinah ao lado, na minha barraca que nem precisou o mar levar, um burocrata o fez .... Thomásia Carapeba, mulher do Alberto .... Paulo Sérgio Santa Cruz, primeiro restauranteur cumbucano a escalar mictório no toalete .... Carol Vasco, mulher de band-leader .... Eliardo Santos, odontólogo .... Aline Vasques, que foi primeira-dama da OAB.
"A mocidade é um tempo feliz, mas só sabemos disso depois da velhice"
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