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Eu te batizo em nome do pai
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Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.

Lúcio Brasileiro comportamento

Eu te batizo em nome do pai

Para prover as diversas facetas de minha labuta diária, instalei uma Central de Criação aqui na praia mesmo. Hoje, trago um grupo das que já partiram e cujos nomes já transmudei
Tipo Opinião
LÚCIA, Rainha da Lagoa (Foto: acervo pessoal)
Foto: acervo pessoal LÚCIA, Rainha da Lagoa

Para atender jornal, rádio e blog, instalei uma Central de Criação, que funciona aqui mesmo na praia, sempre usando a cabeça, para prover as diversas facetas de minha labuta diária, hoje levando para a pia o grupo das que já partiram e cujos nomes já transmudei.

Lady-Crooner, para Ana Maria Sales, que cantou francesa Melancolie no Ideal, regida pela Marta Rocha.

Nataliciante Di Cavalcanti, para Heloysa Juaçaba, que, ao apagar velinhas, ganhou de dr. Haroldo uma Mulata do maior pintor brasileiro.

Castelo da Lagoa, para a casa de Lúcia Dummar, onde vivi socado por vários anos.

Laboratório de Criação, para Maristher Gentil, que promoveu até na Cidade da Criança.

Pintora de Parede, para Ignez Fiúza, cuja galeria acostumou a sociedade a pregar bons quadros.

Louela Pearsons, para Regina Marshall, versão tupiniquim da mais temida colunista americana.

Acreana Adotada, para Sílvia Macêdo, que vindo do Norte com o marido, logo conquistou as melhores rodas, incluindo aí a indomável Leônia da Silveira, minha amiga, porém, osso muito duro de roer.

A Mulher Benemérita, para Dagmar Gentil, que durante décadas dirigiu o Educandário Eunice Weaver, que abrigava filhos de pais hansenianos.

A Pontual de Pernambuco, para Dulce França, que dr. Luiz foi buscar num dos mais tradicionais troncos maurícios.

A Tradutora, para Ilca Carneiro, que passou pro português Lawrence da Arábia em francês.

A Rancheira Vocacional, para Nicinha Pinheiro, que por querer casa sempre cheia, recebia abundantemente em Parangaba, ou Serrinha, que seria provável nome correto do local.

Butique, para Carminha Galdino, que abriu a primeira.

Freira Sem Altar, para Luce Macêdo, que ia ser religiosa e desistiu do hábito, para casar com Benedito.

Paçoqueira da Coroa, para Helena Jereissati, que deu almoço com esse prato, na Vila União, pro herdeiro presuntivo do Trono Brasileiro, Dom Pedro de Orleans e Bragança.

Chá do Country, para a consulesa Arisa Boris, que comandava toda sexta.

Gelo Que Ferveu, para a bela que, ao pôr um cubo no copo de um amigo, num 31 do Ideal, a legítima viu e não gostou, e aí a mesa acabou, antes que o Ano Bom chegasse.

 

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