
Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
Lúcio Brasileiro é memória viva da sociedade fortalezense. Mantém coluna diária no O POVO e programa na Rádio O POVO CBN. É apontado como o jornalista diário mais antigo do mundo.
João Soares, imortal da Academia Cearense de Letras, empresário de vistosa atuação, portanto, evidente talento de sua geração, programou este espaço dominical, fito proclamar seu ponto de vista, mesclado de particularidades, sobre o partinte da semana ontem findante, papa Francisco, ou, por extenso, Jorge Mario Bergoglio.
Enfim, a Igreja Católica Romana recebeu, há doze anos, um latino como Papa.
Em 2013, esteve, altivo, simples e falante, aqui no Brasil.
Ele gostava e torcia por um time de futebol argentino.
Foi amigo de prosas costumeiras com judeu em Buenos Aires e ficou entre a cruz e a espada, quando da ditadura argentina.
Há uma questão singular, nunca voltou a seu país, depois de eleito e ungido Papa. Qual a razão?
Certa vez, em aparição pública, uma mulher o puxou pelo braço e ele reagiu, zangado, com uma palmada. Era assim.
Difícil falar da simplicidade dele no aparato consuetudinário e obrigatório que o Estado Vaticano impõe, com o Papa tratado com aparatos e regalias, quer queira ou não.
Hoje, 22 de abril de 2025, fecham-se as portas do Vaticano para o seu consequente velório/sepultamento e, em seguida, recebe cardeais de múltiplos países para escolherem, em conclave, o novo Papa.
Que seja alguém que possa dar rumos certos a essa crença cristã que abriga um bilhão e quatrocentos milhões de fieis no Planeta. Pecadores, como eu e você.
Como seus antecessores, viajou por continentes e dialogou com autoridades governamentais de diferentes ideias e dirigentes religiosos de outros credos.
Desde o ano passado, sua saúde piorou e o transformou em cativo de médicos e de hospitais.
Mesmo sabendo de sua gravidade, ontem esteve, ainda que enfraquecido, no meio do povo de Roma, como em um adeus espontâneo.
Era risonho, mas também sisudo. Era humano.
Descanse em paz!
JSN
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