Magela Lima é jornalista e professor do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7), doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Magela Lima é jornalista e professor do Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7), doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Assim, de bate-pronto, se me perguntarem, vou dizer que não gostei de 2024. Tive medo, isso não é bom. Perdi as contas de quantos abraços de adeus fui obrigado a dar, o que também é péssimo. De todo modo, resolvi passar o ano em revista. É possível que tenha sido exigente demais. Em 2024, minha mãe fez 80 anos, saudável e lúcida. Preciso mais o quê? Ainda aqui em casa, minha sobrinha caçula, a que nasceu quando eu concluía a faculdade, passou no vestibular, vai cursar medicina. Vem aí a primeira médica da família, Seu Doca e Dona Inezila.
Em 2024, revi um monte de amigos queridos. Bebi cerveja com Marcinho e Clarice no Antigo, dormi com Vicente e DJ Leitinho no friozinho de São João del-Rei, sonhei com André Brasileiro em Guaramiranga, fui à praia com a Cris e os Vasconcelos quase todos. Em 2024, apertei ainda mais laços que carrego há muito. Dei Fini o tanto que pude a todos os sobrinhos, botei minha Tijubina no colo outra vez e ainda ganhei duas Luninhas. Em 2024, encontrei e reencontrei muita gente muito massa. Comi barrinha de tamarindo com a Laura e escondi comida da Dalila.
Em 2024, oxigenei minha vida com bem muito teatro. Vi espetáculos tocantes, vibrei com Carri reabrindo o Teatro da Praia, agarrei Seu Amir Haddad, chorei com a volta de Yuri Yamamoto. Li, reli, planejei, escrevi, reescrevi, participei de bancas, palestras, festivais. Felizmente, não me faltou teatro. Até imortal de Academia, eu virei. Estreei um podcast em mais uma doidice bonita com a Nilde. Foi tanto teatro que até sobrou alguma coisa para o ano que entra. Há de vir um texto sobre o Teatro Concórdia, nosso primeiro, de 1830, e tem também o livro do Magiluth, que vai sair com crítica minha sobre a lindeza do encontro deles com Miró da Muribeca.
É, talvez, 2024 nem tenha sido tão ruim. O coração apertou, mas a verdade é que não me senti só. Foi bom demais me espremer no sofá do Rodrigo Dourado para uma edição especial do "Breno Pergunta". Foi importante saber que eu sou um dos 1.039 que votaram 13311 para tentar eleger Sílvia Moura vereadora. Foi maravilhoso aplaudir a entrega do título de professor emérito para o nosso Gilmar de Carvalho. Foi emocionante, mesmo à distância, lançar "Cartas para elas" com a minha comadre e irmã. Acho melhor esperar menos de 2025. Que seja leve, apenas.
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