Viver para crer: Fortaleza na liderança da Série A virou realidade
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Mailson Furtado é escritor, dentre outras obras, de À Cidade (livro vencedor do Prêmio Jabuti 2018 – categorias Poesia e livro do Ano). Em Varjota-CE, fundou a CIA teatral Criando Arte, em 2006, onde realiza atividades de ator, diretor e dramaturgo, e é produtor cultural da Casa de Arte CriAr. Mailson escreve, quinzenalmente, crônicas sobre futebol e outros temas
Viver para crer: Fortaleza na liderança da Série A virou realidade
Não busco afirmar ou negar tal tese, mas a jogo para trazê-la a debate. Por que um clube cearense não poderia ser campeão do Brasil? Por que até o próprio torcedor talvez nunca apostaria em tal feito?
Foto: Matheus Amorim/Fortaleza EC
Vitória contra o Bragantino rendeu a liderança do Brasileirão pro Fortaleza
No último sábado, 17, o Fortaleza dormiu líder da Série A do Brasileirão, em que, pela primeira vez, um clube nordestino assume a liderança no segundo turno do torneio mais disputado do País, momento onde já se desenha os postulantes ao título. Embora curta a estadia no primeiro lugar, perdida após a vitória botafoguense no domingo, há duas semanas o Laion figura como líder em aproveitamento dentro da elite brasileira.
As reações à campanha do clube cearense nas últimas semanas têm sido das mais diversas. Desde as eufóricas, vindas da própria torcida, às ponderadas, vindas da imprensa local, até as, no geral, descrentes, da mídia de Rio-São Paulo, que diante de tal ineditismo vagueiam entre o oito e oitenta, não sabendo o que pensar.
Ao longo desses dias, muito tem se repetido a frase: “Nem o torcedor mais otimista, apostaria neste feito até momento”, o que não deixa de ser, em grande parte, verdade, e nos leva a uma provocação que ultrapassa as linhas do campo.
Tal descrença da própria torcida, presente não agora, vista a situação posta, mas com o antes, dá-se apenas pelo ineditismo da campanha espetacular, ponderada por todas as variáveis que o futebol desses dias exige (poder econômico, plantel, logística de viagens, etc.), ou passa por uma questão do aceite de uma coadjuvância imposta, já secular, a toda uma região, onde o futebol é apenas uma das tantas frestas disso?
Não busco afirmar ou negar tal tese, mas a jogo para trazê-la a debate. Por que um clube cearense não poderia ser campeão do Brasil? Por que até o próprio torcedor talvez nunca apostaria em tal feito?
O fato é que, tal qual São Tomé, o ver ou viver para crer, neste caso apareceu como necessário e aqui chegamos.
No meio de tantas não-respostas, está lá o Fortaleza EC, em seu lugar, como protagonista e líder em aproveitamento do campeonato mais equilibrado do mundo, dizendo a todos: sim, é possível, e o mundo está aí para ser conquistado.
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