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Fortaleza e o sonhar que segue garantido
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Mailson Furtado é escritor, dentre outras obras, de À Cidade (livro vencedor do Prêmio Jabuti 2018 – categorias Poesia e livro do Ano). Em Varjota-CE, fundou a CIA teatral Criando Arte, em 2006, onde realiza atividades de ator, diretor e dramaturgo, e é produtor cultural da Casa de Arte CriAr. Mailson escreve, quinzenalmente, crônicas sobre futebol e outros temas

Fortaleza e o sonhar que segue garantido

Tricolor do Pici se garantiu, mais uma vez, em competição internacional no próximo ano
Juan Pablo Vojvoda, técnico do Fortaleza (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Juan Pablo Vojvoda, técnico do Fortaleza

A semana que passou foi de grande ressaca para o torcedor leonino. O Fortaleza, em um desempenho bem aquém do que apresentou ao longo da temporada, adiou o sonho de um título internacional, com a desclassificação inconteste para o Corinthians nas quartas de final da Copa Sul-Americana 2024.

Batendo a poeira, já no domingo, o Tricolor venceu o Cuiabá no Castelão, cravando 55 pontos, igualando a campanha de 2023 (ainda com 10 jogos para realizar!), já "garantindo" uma vaga para mais uma temporada internacional, a quarta seguida, e a quinta da história em apenas seis anos. Algo inimaginável anos atrás.

E assim, a possibilidade de sonhar segue garantida para 2025.

A trajetória internacional do Fortaleza até 2019 era marcada somente por amistosos, 13 ao todo, em 101 anos de história, com apenas uma excursão internacional. Em 1962 foi até o Suriname para um torneio com clubes locais, a Panamaribo Cup, onde sangrou-se campeão. Com o passar das décadas, recebeu diversos clubes, em partidas festivas: em 1962, o Transvaal do Suriname; em 1971, o Esparta Praga da Tchecoslováquia e o Dínamo de Bucareste da Romênia; em 2001, o Libertad do Paraguai; em 2007, o Blue Stars da Suíça; em 2009, o ASA de Angola; em 2010, o Boca Juniors da Argentina; e em 2014, o Hellas Verona da Itália.

Tal trilhar não passava de um preâmbulo do que estava para se iniciar após a temporada de 2019. Pela primeira vez o clube do Pici garante vaga para uma competição internacional, a Copa Sul-Americana 2020, que marcaria o início de uma trajetória que segue a ser escrita. Em cinco anos, somaram-se duas classificações para a Libertadores, outras dias para a Sul-Americana, que renderam, fora os jogos domésticos, 31 confrontos internacionais (17 vitórias, 7 empates e 7 derrotas), com clubes de oito países da América do Sul, alcançando o tão celebrado, e ao mesmo tempo dolorido, vice-campeonato da Sul-Americana em 2023.

Longe ainda de um fim, 2024 segue para o Fortaleza, e mesmo adiado o sonho de um firmar internacional ainda para este ano, 2025 já aparece como garantia, que há seis anos sequer era um sonhar.

 

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