Mailson Furtado é escritor, dentre outras obras, de À Cidade (livro vencedor do Prêmio Jabuti 2018 – categorias Poesia e livro do Ano). Em Varjota-CE, fundou a CIA teatral Criando Arte, em 2006, onde realiza atividades de ator, diretor e dramaturgo, e é produtor cultural da Casa de Arte CriAr. Mailson escreve, quinzenalmente, crônicas sobre futebol e outros temas
Foto: Reprodução/Redes Sociais
ATOS de violência marcaram prévia de jogo pelo Campeonato Pernambucano
A temporada 2025 do futebol brasileiro se iniciou há três semanas. Estaduais, Copa do Nordeste, Supercopa do Brasil ditaram o início das emoções até aqui, muitas delas a exigirem um esforço tremendo de boa vontade do torcedor ou espectador, sendo dado aquele desconto do começo dos trabalhos do novo calendário.
Seria bom se todo o noticiário ao longo dessas primeiras semanas arrastadas, com times ainda em ajustes, experimentação de novos nomes advindos da janela de transferências, tivesse se pautado apenas nos acontecimentos dentro das quatro linhas, mas não. Longe disso.
Em três semanas de futebol em 2025, o cerne dos debates passou longe de uma grande jogada ou de experiências táticas, e de maneira incontornável, teve de se pautar nos diversos casos de violência entre torcidas.
De lá pra cá, muitos vídeos de desespero de torcedores que nada tinham a ver com os confrontos, e que vivenciaram todas as cenas de terror in loco, viralizam e trazem ainda mais inconformismo a tudo isso.
O pior, é que todos esses fatos parecem uma mera reprise de uma novela sem final. Há um ano, o elenco do Fortaleza sofria com o atentado de organizadas do Sport no seu retorno a Recife, depois de um jogo pela Copa do Nordeste, em São Lourenço da Mata. Entre as temporadas 2022 e 2023, pelo menos quatro confrontos aconteceram entre as torcidas do Fortaleza dentro da Arena Castelão, sem contar as brigas fora da praça esportiva. Todos esses, apenas fatos de nosso entorno regional, que se estendido para casos de todo o país, este espaço não daria conta.
Mas “Nem tudo é apenas futebol”, a frase tão replicada, geralmente para trazer debates construtivos a partir das quatro linhas, neste caso perde um pouco de brilho. Que pena, pois ao invés de tudo isso, que bom seria se precisássemos falar apenas de futebol.
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