Mailson Furtado é escritor, dentre outras obras, de À Cidade (livro vencedor do Prêmio Jabuti 2018 – categorias Poesia e livro do Ano). Em Varjota-CE, fundou a CIA teatral Criando Arte, em 2006, onde realiza atividades de ator, diretor e dramaturgo, e é produtor cultural da Casa de Arte CriAr. Mailson escreve, quinzenalmente, crônicas sobre futebol e outros temas
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC
Atacante Marinho no jogo Fortaleza x Racing, no Castelão, pela Copa Libertadores 2025
"Acabou! Acabou!". Talvez assim, um outro torcedor do Fortaleza esteja hoje, 1º de maio, em gritos de alívio, sobre o fim do mês que passou.
Abril 2025, 30 dias intermináveis para o Fortaleza — nenhuma vitória!, três derrotas e seis empates, seis!, o último contra o Retrô, na terça, fechando o caixão de oito jogos sem saber o que seja somar três pontos de uma só vez.
Atuações sofríveis, como esta última no Recife, no dia 29, e outras já acontecidas no mesmo nível, se não piores, no ano, como a contra o Altos no Piauí, a contra o Sousa no alto sertão paraibano, explicam o porquê maior desse momento de crise no Tricolor cearense, talvez a pior no ciclo de Vojvoda no clube, e deixam um pouco de lado a esperança de uma recuperação instantânea do time, como aquela acontecida em 2022.
Lá, quando o Leão ficou um turno inteiro na zona de rebaixamento, apesar dos resultados ruins, as atuações convenciam. As vitórias pareciam questão de tempo, um detalhe na trajetória, como de fato foram.
Agora não, longe disso.
Não bastasse o péssimo desempenho em campo, vem a maldita falta de sorte, que os racionalistas e adeptos dos números, estatísticas e outros trecos do tipo, em grande parte, negam.
Lembremos: contra o Mirassol, depois de um jogo inteiro empurrando o mísero 1 a 0 com a barriga, um gol em um bate-rebate nos acréscimos. Contra o Inter, a “certeza” do impedimento de Pikachu. Contra o Palmeiras, o desperdício de um pênalti no último lance. Contra o Bucamaranga, mais um gol nos acréscimos. Contra o Sport, a “incerteza” somente por parte da arbitragem do não-gol.
Tudo seria uma questão técnica? Coincidência? Acaso?
Pensando em Shakespeare sobre isso, “há, [de fato], mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”, o mesmo talvez valha para esse mês deprimente para o Fortaleza, onde, sim, as péssimas atuações explicam o que o time deixou de fazer, mas não só.
Que isso possa ter sido culpa do abril, nesta sexta já tiramos a prova.
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