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Basquete brasileiro de volta à Olimpíada
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Basquete brasileiro de volta à Olimpíada

Brasil teve atuação arrasadora diante da Letônia no pré-olímpico e carimbou a vaga para os Jogos de Paris
Seleção brasileira de basquete vibra com ponto diante da Letônia no Pré-Olímpico (Foto: FIBA)
Foto: FIBA Seleção brasileira de basquete vibra com ponto diante da Letônia no Pré-Olímpico

E o que poucos esperavam, inclusive eu, aconteceu. Nossa seleção brasileira de basquete masculino conseguiu a classificação para a Olimpíada, no complicado pré-olímpico mundial que disputou. Em Tóquio 2020, ficamos fora. Desde 2000, sem a geração Oscar Schmidt, será apenas a 3ª participação. No jogo decisivo, vitória arrasadora contra a Letônia por 94 a 69. A mesma Letônia que nos havia eliminado do mundial no ano passado.

A campanha do Brasil foi cheia de altos e baixos. Na estreia venceu Montenegro, mas passou parte do tempo atrás do placar. Depois, com a vaga na próxima fase quase certa (só perderia se a derrota fosse por mais de 14 pontos), chegou a estar perdendo por 17 pontos de Camarões. Perdeu por 77 a 74, mas terminou em 1º. Na semifinal, também começou mal e deixou Filipinas abrir alguma vantagem, para conseguir virar e vencer por 71 a 60.

Nos três jogos, a se elogiar o trabalho do técnico Petrovic, mudando jogadores e achando as melhores formações. O mesmo Petrovic que não conseguiu a vaga no pré-olímpico de Tóquio, perdendo o jogo decisivo para a Alemanha. Reassumiu há poucos meses e foi perfeito em suas escolhas.

Na decisão contra a Letônia, que contou com todo o apoio de sua fanática torcida, o Brasil fez um 1º quarto primoroso. Abriu 34 a 11. Todos os arremessos de três pontos caíram, inclusive o de Bruno Caboclo, faltando um segundo, de antes do meio da quadra. O Brasil manteve essa boa vantagem o jogo todo, com um ótimo sistema defensivo e conseguiu a vaga para Paris.

O principal jogador da campanha foi Bruno Caboclo. Ele que quando jovem, atuou na NBA e acabou dispensado. Retomou o bom basquete nos últimos anos. Joga na Sérvia, e pelo que apresentou no mundial merecia voltar a liga americana. Leo Meindl, jogador há muitos anos na seleção sem convencer, desta vez teve um campeonato brilhante. O interminável Marcelinho Huertas, 41 anos, foi o maestro da seleção. No jogo contra a Letônia, destaque para Georginho, que sempre foi coadjuvante. O Brasil ainda teve o desfalque de Raulzinho, que se machucou no 1º jogo. O outro armador, Yago, também jogou sem totais condições físicas.

Na Olimpíada, o grupo do Brasil é duríssimo. Tem a Alemanha campeã mundial, a França dona da casa e o Japão. Como podem classificar até três países, é vencer o Japão e tentar perder de pouco para os europeus. Mas o importante era estar na Olimpíada. O que vier é lucro.

Foto do Marcelo Romano

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