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Balanço olímpico: avaliação das modalidades brasileiras em Paris
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Balanço olímpico: avaliação das modalidades brasileiras em Paris

Quais se superaram e quais decepcionaram, com base nas expectativas pré-Olimpíadas
2024.08.11 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Cerimonia de Encerramento - As medalhistas de ouro olimpicas no vôlei de praia, Duda e Ana Patricia conduzem a bandeira do Brasil na chegada para a Cerimonia de Encerramento dos Jogos Olimpicos Paris 2024 (Foto: Alexandre Loureiro/COB)
Foto: Alexandre Loureiro/COB 2024.08.11 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Cerimonia de Encerramento - As medalhistas de ouro olimpicas no vôlei de praia, Duda e Ana Patricia conduzem a bandeira do Brasil na chegada para a Cerimonia de Encerramento dos Jogos Olimpicos Paris 2024

O Brasil encerrou a Olimpíada com 20 medalhas no total, mas apenas três ouros. Ficou uma medalha abaixo de Tóquio-2021 no total e quatro ouros a menos. Com base na expectativa pré-Olimpíada, faço uma análise das modalidades.

Esportes coletivos: o futebol feminino superou a expectativa. Objetivo era passar de fase e, com duas vitórias excelentes no mata-mata, sobre França e Espanha, chegou à decisão e voltou a conquistar medalha.

No handebol feminino, Brasil fez o esperado: passou de fase. Ainda está muito abaixo de potências como Noruega, França e Dinamarca. Mesma situação do basquete masculino. Passar de fase, com ótimo trabalho do técnico Petrovic, já foi excelente. No vôlei de quadra, tudo dentro do esperado. No masculino, nem o vitorioso Bernardinho deu jeito. No feminino, chances de brigar por ouro, mas o bronze ficou de bom tamanho.

Vôlei de praia: objetivo era voltar ao pódio, o que não ocorreu em 2021. No feminino, campanha espetacular e ouro conquistado por Ana e Duda, cotadas entre as favoritas. No masculino, Evandro e Arthur faziam ótima campanha, mas cruzaram com suecos favoritos.

Atletismo: apesar da enorme delegação, expectativa eram duas medalhas que se concretizaram: Piu e Caio Bonfim.

Natação: única chance real de medalha era com Ana Marcela, que terminou em quarto lugar. Nas piscinas, Guilherme Cachorrão quase surpreendeu.

Boxe: a grande decepção da delegação brasileira. Expectativa eram três medalhas, como em Tóquio. Delegação tinha vários medalhistas em mundiais e Olimpíadas. Bia Ferreira era certeza de ouro. Acabou com um bronze, da própria Bia.

Judô: o grande destaque da delegação brasileira. Expectativa eram duas medalhas. Voltou com quatro e ainda um ouro, de Bia Souza.

Medalhas inéditas: em esportes como tênis de mesa, rítmica, esgrima, tiro com arco e canoagem slalom, modalidades que nunca subiram ao pódio olímpico pelo Brasil, havia expectativa de medalha pelos resultados de Hugo Calderano, Marcus Almeida, Nathalie Moellhausen e Ana Satila. Não foi desta vez.

Ginástica artística: acima do esperado pelo desempenho de Rebeca Andrade. O normal seria ela conseguir duas ou três medalhas. Levou quatro, sendo uma com a equipe.

Surfe e skate: dentro do esperado, duas medalhas cada. Modalidades novatas que ajudam o Brasil no quadro olímpico.

Canoagem velocidade: Isaquias Queiroz era favorito a nova medalha e conseguiu prata.

Taekwondo: esporte com poucos participantes em cada categoria olímpica, havia uma expectativa de medalha do Brasil, que se concretizou com o bronze de Edival Pontes.

Vela: outra decepção. Esporte saiu zerado. As bicampeãs Martine/Kahena ficaram apenas em oitavo lugar e, outras duas classes que poderiam surpreender não conseguiram.

Foto do Marcelo Romano

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