Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Cotada para disputar o ouro olímpico no skate street, Rayssa Leal saiu de Paris com o bronze, a segunda medalha na carreira. Uma volta com pontuação de apenas 71,66 de nota, contra mais de 85 das japonesas Coco Yoshizawa e Liz Akama, acabou comprometendo e tirando da brasileira a chance do primeiro lugar, mesmo com Rayssa conseguindo 88,83 em uma manobra, na parte final da prova.
Mas, 45 dias depois, Rayssa somou mais um resultado brilhante em sua carreira. Venceu pela segunda vez o campeonato mundial da World Skate, em Roma, ao lado do Coliseu. Em 2022, havia vencido em São Paulo. Na final, Rayssa era a única não japonesa dentre as oito. Desta vez, a maranhense conseguiu uma volta com nota de 88,43, a melhor dentre as competidoras. Ela assumiu a liderança e foi para a disputa das manobras.
A japonesa Momiji Nishiya, campeã olímpica de Tóquio-2020 e que ficou fora de Paris, obteve 94,88 em uma manobra e assumiu a liderança. Mas Rayssa novamente mostrou tranquilidade nos momentos decisivos e com uma manobra de 93,99 garantiu o título. Momiji prata e Miyu Ito bronze.
Rayssa também tem dois títulos mundiais pela SLS, a Street League Skateboarding, em 2022 e 2023. De 2019 até agora, Rayssa tem números impressionantes. Contando as duas entidades, tem oito medalhas em mundiais: 4 ouros, 3 pratas e 1 bronze. Duas medalhas olímpicas e campeã dos Jogos Pan-americanos no ano passado. Também venceu o Summer X Games em 2022 e 2023. Com o skate garantido em Los Angeles, aos 20 anos, terá chance de novamente brigar por pódio.
Já no masculino, Kelvin Hoefler foi o único brasileiro a se classificar para a final. Mas ele não acertou uma volta completa e abandonou a final após sair mancando da pista. O ouro ficou com o japonês Toa Sasaki. A prata foi do argentino Matias Del Ollio e o bronze do colombiano JC Gonzalez. O Japão tem o atual bicampeão olímpico da prova, Yuto Horigome.
Na Olimpíada de Paris, Kelvin (prata em Tóquio 2020) também foi o único brasileiro a chegar à final, o que mostra que, nesta prova, o Brasil vai precisar desenvolver novos atletas. Na próxima semana, acontece a disputa do mundial no skate park, em que o Brasil obteve o bronze olímpico em Paris com Augusto Akio. No feminino, as chances de medalha são menores.
Além do park e do street, existe a possibilidade da entrada do skate vertical no programa olímpico, o que aumentaria as chances do Brasil.
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