
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Nos últimos 10 anos, o Brasil passou a brigar por medalhas em modalidades em que sempre foi mero coadjuvante: tênis de mesa, esgrima, tiro com arco, canoagem slalom e ginástica rítmica. Agora chegou a vez do levantamento de peso. Na última sexta-feira, 6, pela primeira vez na história, o Brasil conseguiu um ouro, além de três medalhas no total, em um campeonato mundial da modalidade.
Thiago Felix, de apenas 23 anos, foi ouro no arranco, bronze no arremesso (as duas partes que compõem a prova do levantamento de peso) e prata na soma da categoria 55 kg, com 269 kg. O campeão foi o tailandês Natthawat Chomchuen com 273kg. Na Olimpíada, apenas essa soma é levada em consideração para a distribuição de medalhas. A categoria não fez parte de Paris-2024. Mas o programa olímpico de Los Angeles ainda não está definido. Nos Jogos passados, tivemos a categoria de 61 kg.
No Mundial do Catar, Thiago levantou 121kg no arranco e 148kg no arremesso, acertando todas as seis tentativas. O único do top-6 a conseguir. Ele superou um chinês, Yang Yang. A China é a grande potência da modalidade, tendo levado 5 dos 6 ouros em Paris. A soma de 269 kg no total, lhe daria um sexto lugar na última Olimpíada na categoria dos 61kg.
O detalhe é que Thiago teve de perder peso para se encaixar nos 55 kg. Assim, o brasileiro pode perfeitamente disputar uma categoria olímpica. Nos Jogos Pan-Americanos de 2023, competindo nos 61kg, Thiago levantou 262kg e ficou sem medalha.
Na história dos mundiais de levantamento de peso, o Brasil tinha uma prata com Laura Amaro, no arranco em 2021, e dois bronzes: Fernando Reis, em 2018, na soma total, e Amanda Schott, também no arranco, em 2021. No mundial deste ano, o Brasil ainda irá competir com Laura Amaro no dia 10. Ela disputou a Olimpíada de Paris e foi sétima colocada nos 81 kg.
Após a aposentadoria de Fernando Reis, tricampeão dos Jogos Pan-Americanos, alguns nomes passaram a se destacar pelo Brasil no levantamento de peso. O Brasil pode sonhar com uma inédita medalha olímpica em 2028.
Além de Thiago, Amanda e Laura Amaro, nosso país tem Matheus Pessanha, que ainda não competiu em mundial adulto, mas foi prata no mundial sub-20 deste ano na categoria até 102kg. Outro jovem talento é Eduarda Souza, a Duda. Tetracampeã brasileira de Crossfit, ela já competiu pelo Brasil, mas pela falta de apoio, pode acabar optando por defender outro país.
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