
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Há 3 semanas, eu fiz um prognóstico neste espaço sobre a participação do Brasil no Mundial masculino de handebol e não estava nada otimista. Terminar entre os 16 melhores seria um resultado aceitável, devido aos adversários complicados, além da fase nos últimos anos do time brasileiro. Mas a campanha foi surpreendente: três vitórias contra fortes seleções europeias e um 7º lugar na classificação final do campeonato.
Foi a melhor campanha do Brasil em 17 edições que participou. Na estreia, a seleção conseguiu vencer uma das anfitriãs, a forte Noruega por 29 a 26, após começar o jogo perdendo por 4 a 0. Na sequência, derrota para Portugal por 30 a 26, jogo que a Canarinho liderou por 15 a 12 até o intervalo. No 3º jogo, vitória esperada contra a frágil equipe americana por 31 a 24.
Na 2º fase, passando sufoco no final, o Brasil estreou com vitória contra o Chile 28 a 24. A melhor atuação ocorreu no 2º jogo. Pela primeira vez em seis jogos , a seleção conseguiu vencer a potente Suécia por 27 a 24, com atuação brilhante do goleiro Rangel, responsável por 20 defesas na partida. Já classificado para as quartas de finais, o Brasil bateu outra potência europeia, a Espanha, por 26 a 25.
Infelizmente o sorteio foi cruel com o Brasil. No mata-mata a equipe brasileira teve de enfrentar simplesmente a melhor seleção da atualidade, a Dinamarca, atual campeã olímpica, e que faturou o tetracampeonato mundial.
O Brasil conseguiu equilibrar o 1º tempo, perdendo por apenas três gols, mas não resistiu aos 60 minutos, sofrendo 33 a 21. Caso o cruzamento do Brasil tivesse sido contra Alemanha, Croácia, Hungria ou até a França, teria alguma chance de ser semifinalista.
O elenco brasileiro mesclou jogadores experientes de outros mundiais como o goleiro Rangel, o lateral Thiagus Petrus e os armadores Haniel e Gustavo, com jovens que foram fundamentais na campanha como o pivô Santista, de 19 anos, e o armador Bryan, de 21 anos.
O Brasil ficou fora da Olimpíada 2024 no handebol masculino, mas a campanha animadora do Mundial faz acreditar que este ciclo será diferente. Em 2027, teremos outro Mundial, na Alemanha. O grande objetivo do Brasil será vencer os Jogos Pan-americanos 2027 e classificar para a Olimpíada de Los Angeles.
O Mundial teve a Dinamarca ganhando de forma invicta pela 4º vez seguida e sem sustos. O vice da Croácia foi além do esperado. O 3º lugar ficou com a França e o 4º com Portugal.
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