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Boxe continua no programa olímpico
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Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo

Boxe continua no programa olímpico

Modalidade, que já deu nove medalhas olímpicas ao Brasil, estava ameaçada, mas estará em Los Angeles-2028
Tipo Opinião
2024.08.04 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Boxe feminino - A atleta brasileira Jucielen Romeu (de azul) em duelo contra a turca Esra Ylidiz nas quartas de final da categoria até 57kg (Foto: Luiza Moraes/COB)
Foto: Luiza Moraes/COB 2024.08.04 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Boxe feminino - A atleta brasileira Jucielen Romeu (de azul) em duelo contra a turca Esra Ylidiz nas quartas de final da categoria até 57kg

Na semana passada, o boxe foi confirmado por mais uma edição olímpica pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O esporte estava ameaçado de sair do programa, após a federação IBA, que controlava a modalidade, perder a chancela do COI. Com o surgimento de uma nova entidade, a World Boxing, que vai organizar o boxe amador, ele segue para Los Angeles-2028.

Nas edições olímpicas de 2012 e 2016, com organização da IBA, ocorreram investigações de manipulação de resultados. Assim, o COI organizou a modalidade nas edições de 2020 e 2024.

Os americanos são os maiores ganhadores de medalhas na modalidade, com 50 ouros e 118 no total. O fato de sediarem a próxima edição contribuiu para a manutenção do boxe. Os americanos ajudaram na criação da World Boxing, com apoio do nosso país.

O Brasil tem nove medalhas olímpicas no boxe, sendo que oito foram conquistadas a partir de 2012. Para 2024, havia a expectativa de uma campanha histórica e que fosse o carro-chefe no quadro de medalhas, como ocorreu em Tóquio. Isso acabou não acontecendo. O Brasil terminou apenas com o bronze de Beatriz Ferreira. Sorteios desfavoráveis e alguns atletas que decepcionaram contribuíram para o resultado frustrante.

Apesar disso, no cenário mundial, o Brasil continua tendo bons atletas e que podem brigar por pódios no ciclo olímpico. Nomes como Luiz Oliveira, Wanderley Pereira, Keno Machado, Caroline Almeida, Jucielen Romeu eTatiana Chagas fizeram um bom ciclo para 2024. O principal nome do país, Beatriz Ferreira, dona de duas medalhas olímpicas, mudou para o boxe profissional, mas não afastou a possibilidade de retornar para Los Angeles-2028.

A World Boxing terá um calendário diferente. A partir de 30 de março, o Brasil vai sediar uma etapa da Copa do Mundo, em Foz do Iguaçu (PR). Ao longo do ano ocorrerão outras três etapas, na Alemanha, no Casaquistão e na India. Em setembro, acontece, na Inglaterra, o Mundial da modalidade.

Nesta etapa brasileira, a expectativa é de 150 atletas de 18 países. O Brasil terá 16 atletas, incluindo Abner Teixeira, Jucielen, Luis Oliveira, Wanderley, Caroline e Viviane dos Santos. Países tradicionais na modalidade, como Estados Unidos, França, Alemanha, Casaquistão e Grã-Bretanha, estarão na disputa.

Em relação à próxima Olimpíada, fica a expectativa para a definição, em breve, dos pesos das categorias a serem disputadas e a quantidade de homens e mulheres em cada uma delas.

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