
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
Na última semana, tivemos o anúncio do programa olímpico de Los Angeles-2028. Serão 351 provas valendo medalhas, 22 a mais do que em Paris-2024. Em Tóquio, foram 339. Nunca uma Olimpíada teve programadas tantas disputas. Sou de um tempo em que, de uma Olimpíada para outra, eram poucas as mudanças.
As novas provas e modalidades pouco vão influenciar para o Brasil. Em quase todas as novas disputas, os EUA, país-sede, foram beneficiados. Já dá para cravar que terminarão à frente do quadro de medalhas, pois, em Paris, os americanos só ficaram à frente dos chineses no número de pratas.
No atletismo, a prova de marcha 20km será de 21km, o que vai exigir mais do nosso medalhista Caio Bonfim. O revezamento misto da marcha será substituído pelo revezamento 4x100 misto, algo totalmente novo.
No basquete 3x3, um ajuste adequado: os torneios terão 12 seleções ao invés de 8, aumentando as chances do Brasil participar. No boxe, o feminino ganhou mais uma categoria, igualando-se ao masculino. Na escalada, modalidade pouco praticada no Brasil, ao invés de quatro provas, serão seis.
No futebol, algo surpreendente: o torneio feminino terá 16 seleções, e o masculino, 12. Antes era o contrário. Nos EUA, futebol feminino é mais forte do que o masculino. Na ginástica artística, a maratona à qual as atletas são submetidas ganhou mais uma prova: a disputa mista por equipes. Outra modalidade que ganhou prova mista é o golfe, esporte cujos principais atletas nem se esforçam em participar.
Na natação, o programa ganhou três novas provas, as de 50 metros borboleta, peito e costas. Antes, a distância só era disputada no nado livre. O Brasil já foi potência nas novas provas. Hoje não é. No polo aquático, o torneio feminino terá 12 seleções, igualando o masculino.
O remo, que já tinha 14 provas, ganhou mais três no estilo costal. No tênis de mesa, que tinha cinco provas, agora serão seis, com a adição da prova mista de equipes. As provas de equipes masculina e feminina serão substituídas por duplas. No tiro com arco, foi introduzida a prova de arco composto, também mista.
As novas modalidades serão críquete, flag football, beisebol/softball e lacrosse. Em cada uma delas, apenas seis países poderão participar, algo totalmente sem sentido. Na outra novidade, o squash, serão 16 atletas no masculino e 16 no feminino. A previsão é da participação de 11.198 atletas, superando em muito os 10.500 de Paris.
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