
Jornalista especializado em esportes olímpicos. Trabalhos na TV Record, Yahoo, rádios Gazeta e Eldorado em São Paulo
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Neste domingo de Páscoa, o tênis de mesa brasileiro teve seu dia de maior glória na história. Hugo Calderano venceu a Copa do Mundo da modalidade, superando os 2 melhores chineses do ranking mundial, na semifinal e final. É a 1º vez que um atleta das Américas vence a competição, dominada por asiáticos. E também a 1º medalha do Brasil em um Mundial.
Após a Olimpíada de Paris, em que ficou na 4º posição, Hugo acumulou vários resultados ruins nos torneios que disputou. As derrotas para o sueco Moregard e o francês Lebrun abalaram o brasileiro, que não conseguiu repetir as atuações Pré-Olimpíada. No mês passado, Hugo encerrou o ciclo com o técnico francês Jean Mounie, que o acompanhou por muitos anos. Em um torneio no início de abril na Coréia do Sul, não teve técnico.
Essa Copa do Mundo contou com 48 atletas. Todos os melhores do mundo estiveram na competição, que ocorre anualmente. Por se tratar de um torneio com outros brasileiros, Hugo foi comandado por Thiago Monteiro, atleta cearense que disputou três Olimpíadas e agora está à frente da seleção. A campanha de Hugo foi extraordinária, voltando a jogar como no início de 2024.
Nos dois primeiros jogos, Hugo venceu Yukiya Uda, do Japão, e Eugene Wang, do Canadá, por 3 a 1. No mata-mata, superou outros dois japoneses: Hiroto Shinozuka (29º) e o número 3 do ranking Tomokazu Harimoto.
Na semifinal, o maior desafio diante do chinês Wang Chuqin, vice-campeão mundial e para quem Hugo tinha perdido os quatro últimos jogos. Chuqin é o número 2 do ranking. O brasileiro chegou a estar perdendo por 3 sets a 1, mas conseguiu a virada para 4 a 3. O último ponto do jogo teve um rally memorável.
Em outras ocasiões, Calderano venceu um chinês, mas acabou perdendo na sequência. Desta vez, não. Na final, arrasou o número 1 do ranking Lin Shidong por 4 a 1. Depois de perder o 1º set, Hugo se mostrou muito confiante, com uma incrível combinação de ataques na diagonal e paralela. A variação de saque também foi fundamental.
Calderano tem 28 anos. Não dá para cravar que conseguirá se manter no auge físico e técnico até a próxima Olimpíada. Mas o título desta Copa do Mundo, o coloca como um fenômeno brasileiro e o maior atleta da modalidade nas Américas.
Vale destacar também a campanha da namorada de Calderano, Bruna Takahashi. Pela primeira vez terminou entre as oito melhores de uma Copa do Mundo.
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