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Na Ribeira dos Icós
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Marília Lovatel é escritora, cursou letras na Uece e é mestre em literatura pela UFC. É professora de pós-graduação em escrita literária e redatora publicitária. Tem livros publicados por diversas editoras, entre elas, Scipione, Moderna, EDR, Armazém da Cultura e Aliás. Vários dos seus 12 títulos são adotados em escolas de todo o país, tendo integrado 2 vezes o Catálogo de Bolonha, 2 vezes o PNLD Literário e sido finalista do Prêmio Jabuti 2017.

Na Ribeira dos Icós

Enquanto escrevo esta crônica, preparo-me para voltar a Icó, depois da minha primeira visita em 2016, motivada pela escrita de um romance iniciado dois anos ant
Casa de Câmara e Cadeia é um bem tombado em Icó (Foto: Divulgação/Jarbas Oliveira)
Foto: Divulgação/Jarbas Oliveira Casa de Câmara e Cadeia é um bem tombado em Icó


2024 tem se revelado um ano de muitas festas literárias. Somente para citar algumas dentro do calendário do primeiro semestre, de 1º a 5 de maio, houve a Flipetrópolis e, simultaneamente, a Festa Literária de Sobral. Ainda em maio, de 16 a 18, a Festa Literária de Icó. E, de 20 a 22 de junho, a festa da literatura será em Aracati.

Enquanto escrevo esta crônica, preparo-me para voltar a Icó, depois da minha primeira visita em 2016, motivada pela escrita de um romance iniciado dois anos antes, portanto, na gaveta há uma década. Nada de extraordinário para quem manteve engavetados os primeiros textos por vinte anos até que o livro de estreia, a coletânea “A sala de aula e outros contos”, fosse publicado por uma editora. 

E eis que retorno à Ribeira dos Icós num momento muito especial por dois motivos: participar de um evento literário e retomar a pesquisa de campo, fundamental para o referido romance, resgatado há alguns meses – quando não havia sido divulgada qualquer informação sobre a programação que cumprirei em Icó, diga-se de passagem.

Bastou abrir o arquivo e a cidade me chamou para rever as igrejas, os casarios, os sobrados, as tamarineiras centenárias, o primeiro teatro construído no Ceará, onde assisti ao belo espetáculo “Laço Incandescente”, com a emocionante performance do grupo “Da Gemma Cia de Teatro”, dirigida pelo dramaturgo Acácio de Montes.

Em Icó, há pessoas incríveis e lugares mágicos, que conhecemos com Angelim do Icó, cicerone perfeito. Volto a Icó também para soltar as minhas “Pequenas crônicas voadoras”, lançá-las num céu testemunha de muita História e muitas histórias. Num azul livre de edifícios altos, sem floresta de torres a arranhar o firmamento, convidativo ao voo das pipas coloridas e da imaginação.

Por todas essas razões, fiz de Icó uma terra minha. E vou cruzar o sertão em um trajeto de seis horas, partindo de Fortaleza, para estar lá. Vale a pena que está pronta para escrever. E concluir o romance de longa gestação.

Foto do Marília Lovatel

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