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O governo de Trump
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É mestre em Direito pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e doutorado em Direito pela Johann Wolfgang Goethe-Universität Frankfurt am Main. Atualmente é professor da Universidade de Fortaleza (Unifor) e Procurador do Município de Fortaleza

O governo de Trump

A recente decisão da Suprema Corte mandando que a plataforma Tik Tok seja vendida à empresa americana denuncia que as instituições americanas não representarão obstáculo aos planos de DonaldTrump
Martonio Mont'Alverne Barreto Lima, professor doutor da Universidade de Fortaleza - Unifor (Foto: Hercílio Araújo/Divulgação)
Foto: Hercílio Araújo/Divulgação Martonio Mont'Alverne Barreto Lima, professor doutor da Universidade de Fortaleza - Unifor

A esta altura, Donald Trump tomou posse como o 47º presidente dos EUA, que também foi o 45º. A doutrina de seu governo já foi dita, especialmente quando da sabatina de seu futuro Sec. de Estado perante o Senado, Marco Rubio: a paz virá pela força da supremacia americana.

A possibilidade de o mundo se tornar mais perigoso com Trump é realisticamente analisada por governos de distintos cantos do planeta, e parece que todos se preparam para este cenário. As disputas comerciais com a China e o protecionismo anunciado para renascimento da indústria americana não se reduzirão à política comercial.

Todos sabem que à perda de espaço comerciais, as reações costumam rapidamente ganhar forma bélica. A China é o alvo deste que Trump assumiu em 2016. A recente decisão da Suprema Corte mandando que a plataforma Tik Tok seja vendida à empresa americana denuncia que as instituições americanas não representarão obstáculo aos planos de Trump.

Nenhuma menção ao fato de que atual composição da Corte é conservadora, alinhada a Trump; fato que é comumente levantado quando se trata de tribunais de outros países. Até que se comprove objetivamente que esta Corte Suprema decidiu de forma suspeita, a decisão deve ser analisada sob sua forma técnica. Assim como qualquer decisão de outro tribunal.

De onde virá o contraponto a Trump? Ao que tudo indica de dois pontos. O primeiro dependerá dos impactos e forças da organização da sociedade americana: ONGs, igrejas, associações e movimentos de defesa dos direitos humanos, de moradia e de imigração, que já sabem o que têm no horizonte

O segundo ponto - e a parte mais desalentadora - é a esperança de que, de tão complexa que é a avisada formação do governo por gente sem experiência e com interesses próprios, a nova administração se veja enredada em enormes desafios a partir de conflitos internos inconciliáveis.

Aqui se trata apenas de aguardar pela alea, e não pela ação humana. Um delírio do idealismo político, que falhou ao avaliar que Trump não venceria, e de que a democracia não admite regresso. Sombrio? Espere-se o que virá da Alemanha em fevereiro!

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