Líder classista, empresário do setor de farmácias, é diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2018
Líder classista, empresário do setor de farmácias, é diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2018
Imagine um lago tranquilo, oculto no coração de uma floresta, sua superfície refletindo o céu e as árvores ao redor. Esse lago, em sua quietude, espelha a paz que tanto buscamos. Mas, quando o vento sopra ou uma pedra é lançada, ondas surgem e a superfície se turva, distorcendo o reflexo. Na nossa vida, o ego age como o vento e as pedras, criando ondulações que obscurecem nossa verdadeira essência e nos afastam da serenidade do momento presente.
Em meio às montanhas de Teresópolis, mergulhei em uma jornada de autoconhecimento que me convidou a aquietar as ondas do meu próprio lago interior. A técnica do renascimento, com sua respiração cíclica e consciente, revelou-se uma forma de suavizar as ondulações e permitir que o espelho do meu ser voltasse à sua calma original. Cada inspiração e expiração, sentidas intensamente no peito, guiavam-me a memórias e sensações que há muito dormiam nas profundezas desse lago.
Durante essa imersão, encontrei também os ensinamentos de Eckhart Tolle, especialmente sua obra “O Poder da Presença”. Tolle nos lembra que a verdadeira essência da vida reside no agora, e que o ego – tal como o vento e as pedras que perturbam o lago – nos afasta dessa tranquilidade. O ego é como uma tempestade, que distorce nossa percepção e nos faz acreditar que somos apenas as ondas: pensamentos, posses, títulos. Ele cria uma ilusão de separação, de que somos o que pensamos ou o que temos, quando, na verdade, somos a paz subjacente que aguarda sob a superfície.
A prática da respiração consciente durante o renascimento revelou-se uma ferramenta poderosa para acalmar essas águas. Ao focar na respiração, ancoramo-nos no presente, e a mente se aquieta. Nesse silêncio, começamos a ver o ego como ele realmente é: uma camada superficial que obscurece nosso reflexo verdadeiro. Ao observar nossos pensamentos e emoções sem nos identificarmos com eles, reconhecemos que são apenas ondas passageiras no vasto lago de quem realmente somos.
Essa experiência trouxe-me uma compreensão mais profunda de que a verdadeira liberdade não está em controlar o que acontece ao nosso redor, mas em libertar-nos das tempestades que o ego cria. Ao cultivar a presença, deixamos de lançar pedras no nosso próprio lago, permitindo que ele permaneça sereno e claro. Nesse estado de quietude, o amor e a compaixão surgem de maneira natural, refletindo a verdadeira profundidade do nosso ser.
A jornada do autoconhecimento é como esse lago: contínua e desafiadora, repleta de ventos e pedras que tentam agitar suas águas. Exige coragem para enfrentar as tempestades internas e humildade para reconhecer que a calma só virá quando aceitarmos que somos, acima de tudo, esse espelho de quietude. Com cada respiração consciente, renascemos para o momento presente, permitindo que as águas se acalmem e revelando a serenidade que sempre esteve ali.
Que possamos, ao longo dessa jornada, nos tornar como esse lago tranquilo, onde o reflexo da vida aparece nítido e puro, e onde a presença, em sua plenitude, nos revela a paz que buscamos e que sempre esteve dentro de nós.
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