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Vivendo ou Apenas Existindo?
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Líder classista, empresário do setor de farmácias, é diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2018

Vivendo ou Apenas Existindo?

Thayná Bitencourt nos provoca com versos que tocam a alma. Ela canta: "Na nossa conta somos ricos de segundos. Será que a gente tá gastando ou investindo?" É uma reflexão poderosa. Cada momento que temos é um presente, mas o que estamos fazendo com ele?
Arte de Maurício Filizola (Foto: ARQUIVO PESSOAL)
Foto: ARQUIVO PESSOAL Arte de Maurício Filizola

Na correria dos dias, muitos de nós não nos damos conta de como estamos conduzindo nossas vidas. Estamos de fato vivendo, com propósito e intensidade, ou apenas existindo, como passageiros desatentos de uma viagem que não sabemos quando vai terminar? Ao ouvir a música mais recente de Thayná Bitencourt ecoa uma profunda reflexão, especialmente no título: “Vivendo ou Existindo”.

Thayná nos provoca com versos que tocam a alma. Ela canta: “Na nossa conta somos ricos de segundos. Será que a gente tá gastando ou investindo?” É uma reflexão poderosa. Cada momento que temos é um presente, mas o que estamos fazendo com ele? Estamos desperdiçando nossos segundos em arrependimentos, rancores e distrações passageiras, ou estamos investindo em algo que realmente importa — nossos sonhos, nossos relacionamentos, nossa paz interior?

A vida não é uma simples soma de dias; ela é feita das escolhas que fazemos com esses dias. Thayná nos lembra que para viver plenamente é preciso enfrentar a si mesmo: “Já fiz as pazes com o espelho, senti vontade de falar e falei. Já tô ouvindo os meus conselhos, e antes de amar alguém eu me amei.” A capacidade de amar verdadeiramente começa com a reconciliação interna. Aceitar quem somos, perdoar nossos erros e abraçar nossa essência é o primeiro passo para transformar a existência em vida.

Há quem viva preso ao passado, carregando culpas e arrependimentos como fardos impossíveis de deixar para trás. Nesta melodia ela aponta uma saída libertadora: “Já perdoei o meu passado e o meu futuro eu entreguei pro amanhã.” Esse trecho nos lembra que não temos controle sobre o que já foi e nem sobre o que virá. Tudo o que temos é o presente — e é nele que devemos colocar nosso foco e energia.

E o que dizer dos sonhos? Quantos de nós deixamos nossos sonhos de lado, guardados em gavetas que raramente abrimos? “Meu sonho não tá mais de lado e hoje eu sou a minha maior fã.” Há algo incrivelmente transformador em se tornar fã da própria vida, em acreditar em si mesmo, em lutar pelos próprios sonhos sem medo de errar ou ser julgado.

Por fim, ela aborda uma questão delicada, mas real: os laços não resolvidos. “Com o meu pai ainda não me resolvi, mas prometo pra mim que eu vou conseguir.” A jornada para viver plenamente também envolve enfrentar os relacionamentos difíceis, as dores não curadas, e se comprometer consigo mesmo a buscar a paz.

Então, a pergunta permanece: você está vivendo ou apenas existindo? Viver é abraçar o hoje, mesmo com suas imperfeições, e fazer as pazes com o espelho. É investir seus segundos no que importa, amar quem você é e reconhecer que cada dia é uma oportunidade de crescer e ser mais.

A vida não é um ensaio, ela acontece aqui e agora. Como canta Thayná: “Somos visitantes desse mundo e visita uma hora tá partindo.” Que possamos viver como se o tempo fosse precioso — porque ele é. E que possamos lembrar: a existência é o ponto de partida, mas viver é a jornada.

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