Líder classista, empresário do setor de farmácias, é diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2018
Líder classista, empresário do setor de farmácias, é diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) desde 2018
O poeta Carlos Drummond de Andrade foi quem melhor resumiu toda a mágica do sentimento que nos invade nos finais de ano e que nos deixa reflexivos, sensíveis e até solidários. No seu poema "O Tempo", Drummond exalta o brilhantismo daquele que resolveu contabilizar, fracionar, organizar os dias: "Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão".
De fato, se há uma coisa que o brasileiro adora fabricar é esperança. Começa pelo plano de mudar a condição financeira, projetando acertar os números da Mega da Virada e já anunciando o que vai fazer com o dinheiro.
Há uma máxima que diz que o brasileiro não desiste nunca. Mas há controvérsias. O que o brasileiro não desiste é de ter esperança. Nisso, somos campeões. Produzimos otimismo em série. Temos "fé no que virá", como diria Erasmo Carlos. Mas quando se trata de vencer a si mesmo — e é aqui onde residem as mudanças mais fundamentais — a gente fica pelo caminho. A gente quer a mudança, mas não aguenta mudar.
No primeiro dia do ano, perdemos na loteria e desistimos de ser ricos. No início do mês, a gente parcela a academia no cartão e só vai na primeira semana. No fim de tudo, a gente deixa a dieta, volta a beber, fala da vida alheia, põe a culpa de as coisas não darem certo no destino e repete o círculo vicioso dos mesmos atos e mesmos resultados, até refazer as mesmas promessas no próximo réveillon, comendo semente de uva e vestindo branco para ter mais sorte.
Obviamente que a vida é gangorra, e estar ora por cima, ora para baixo faz parte. Mas o que muitas vezes nos faz não conseguir as coisas — e o pior: desistir delas — é a complexidade da meta. Afinal, não dá para mudar radicalmente de vida da noite para o dia, porque nosso cérebro leva um tempo para se acostumar ao preço das novas atitudes.
Portanto, em 2025, não almeje ficar rico, sem primeiro dominar uma nova ferramenta de trabalho. Nem ficar forte levantando todas as anilhas da academia no primeiro treino. Nem ficar saudável, começando por um jejum intermitente de 72h.
Queira, inicialmente, ser hoje melhor que ontem. E amanhã, melhor que hoje. Viva o presente! Vai dar certo! Feliz Ano Novo!
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