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Meu quase involuntário retorno ao World of Warcraft
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Miguel Pontes é Streamer de Games na Twitch. Host, editor e produtor do Mais Um Podcast de Games e da Comunidade Nerd do O POVO. Pesquisador da Central de Jornalismo de Dados - Datadoc e Acervo O POVO. Neste espaço, vai falar sobre jogos, noticiar eventos, analisar games e opinar sobre a indústria de jogos

Meu quase involuntário retorno ao World of Warcraft

Limitado ao poderio de um simples notebook de estudos, recorro ao pai dos MMORPGs para me salvar da abstinência de games e me levar de volta ao mundo de Azeroth, que abandonei 14 anos atrás
Tipo Opinião
World of Warcraf, quase vinte anos após o lançamento game segue encantando novos jogadores (Foto: Blizzard | Divulgação)
Foto: Blizzard | Divulgação World of Warcraf, quase vinte anos após o lançamento game segue encantando novos jogadores

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Pois aqui estou, novamente sem um computador ou console para chamar de meu. A umidade absurda desse período de chuva fez mais uma placa mãe de vítima, a terceira desde que montei esse PC.

Agora como um “gamer” desprovido de uma máquina decente para jogar, passo minhas horas livres tentando artimanhas para fazer rodar jogos em um notebook com parcos recursos gráficos e uma indecente quantidade de memória ram - negativamente falando. E foi nessa minha busca por conseguir jogar qualquer coisa, e aplacar a ansiedade de um mês inteiro de promoções de hardware que se avizinha com famigerado Mega Maio, que caí de volta às graças de World of Warcraft, o popular WoW.

O jogo, que em novembro deste ano completa 20 anos desde sua estreia, segue firme e forte, arregimentando novos jogadores e mantendo ainda uma base fiel que por lá estão desde seu início. A última vez em que me aventurei por Azeroth, o planeta fictício onde se passam as aventuras do jogo, foi a 14 anos atrás, durante a expansão Cataclisma, com o famigerado dragão Asa da Morte levando terror e chamas por onde passava. Me aventurei pouco até, fiz diversas quests e acabei parando à medida que fui jogando outras coisas, com outros amigos, e acabei por não renovar a assinatura e encerrando minhas aventuras até então.

World of Warcraft é marcado por dois estilos de jogos, PvE e PvP. O PvE, do termo em inglês "Player versus Enviroment", que em tradução livre seria “Jogador versus Ambiente”, é onde você segue ali realizando quests e seguindo sozinho, com amigos ou aleatórios online, o enredo da história. Já o PvP, do inglês "Player versus Player" ou “Jogador versus Jogador”, é onde o foco passa a ser enfrentar outros jogadores em batalhas solo ou em grupo e colocar à prova suas habilidades, poder e eficácia dos itens coletados nas diversas horas de quests, dungeons e raids mundo afora com sua turma. Posso dizer que esse último não é meu forte e por isso meu foco em praticamente qualquer jogo, é no PvE.

E não falo isso de uma maneira negativa não, diferente de anos atrás onde o foco para mim eram jogos de tiro em primeira pessoa (FPS), jogando competitivamente contra outros jogadores do mundo todo, hoje, já sendo esse jovem coroa, tenho muito mais satisfação em me aventurar nas infinitas "quests" do jogo, propositalmente conectadas pra te prender naquele universo e te fazer jogar como se não houvesse amanhã. Assim o fiz, faço e adoro!

Alguns jogadores veem as quests como um fardo necessário para evoluir e dropar itens para o jogo. Eu vejo as quests como uma maneira de você explorar a história e imergir no universo onde seu personagem está inserido, interagindo com outros personagens, com outros jogadores e explorando. Curto muito jogar ouvindo a trilha de fundo e reparando em como ela muda nos momentos de tensão ou  me ligando na dublagem dos personagens, nas paisagens dos cenários e realmente explorando Azeroth. Não raro tenho preferido fazer os percursos a pé ao invés de usar as montarias do jogo. E se uso montarias, descarto as que voam e opto pelas terrestres como forma de não perder nenhum detalhe do jogo.

Porém, tenho tido dificuldade na readaptação ao game, afinal são 14 anos sem jogar e sem lembrar de quase nada da história e suas mecânicas. Mas posso falar que essa experiência tem sido ainda melhor do que da primeira vez que joguei, focado em ficar logo mais forte e evoluir os personagens para acompanhar os amigos... hoje caminho sozinho, explorando e descobrindo.

Um ponto negativo é que o jogo segue baseado em pagamento de mensalidades de R$ 39,90 para seguir jogando e elevar seus personagens ao level máximo. Porém há opções de assinatura anual, semestral ou trimestral que deixam o valor final um pouco mais barato. E para aqueles que querem conhecer antes de pagar, há o modo gratuito onde você pode jogar até o level 20, uma boa oportunidade para conhecer o personagem que mais se adapta ao seu estilo de jogo. A dica é sair testando vários e depois se curtir assinar um mês para começar.

Finalizo essa coluna ressaltando que mesmo estando contando os dias para as grandes promoções de Maio, onde meu PC irá voltar à vida, consigo me ver nitidamente seguindo minhas aventuras no WoW, desta vez sem limitações de gráficos e com todas as possibilidades que Azeroth tem a oferecer.

Recomendo a experiência.

Foto do Miguel Pontes

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