Miguel Pontes é Streamer de Games na Twitch. Host, editor e produtor do Mais Um Podcast de Games e da Comunidade Nerd do O POVO. Pesquisador da Central de Jornalismo de Dados - Datadoc e Acervo O POVO. Neste espaço, vai falar sobre jogos, noticiar eventos, analisar games e opinar sobre a indústria de jogos
Além do seu estilo de jogo favorito, o que te faz achar um jogo bom? Seria a produção, a jogabilidade, o enredo ou a diversão? Na coluna de hoje, compartilho um pouco sobre o que faz um game ser bom, para mim
Foto: Divulgação | 505 Games e Giant Squid
Abzu é um game de exploração do estúdio 505 Games e desenvolvido pela Giant Squid
Começo esta coluna alertando que meu gosto é, no mínimo, peculiar e questionável. Alguns jogos AAA, bastante aclamados e com notas altíssimas no Metacritic, não despertam em mim nenhum interesse ou hype. Em relação aos jogos Indie, nem sempre a combinação de pixel-art ou arte vetor, aliado à jogabilidade inovadora e originalidade, faz meu coração bater mais rápido.
Então, o que me move como consumidor de jogos? O que me faz ter ânimo para, após um longo dia de trabalho e horas em frente a um monitor, encarar uma nova jornada diante de outra tela? Respondo com duas palavras: imersão e diversão.
No trabalho, lido com as questões do dia a dia, a dura realidade da vida, da política ao absolutamente corriqueiro e, claro, ao histórico, pois este jovem coroa que vos escreve é um pesquisador por profissão. Gosto muito disso, mas não me transporta para outros lugares. Sou o mesmo Miguel da realidade diária, objetivo e profissional.
Já nos games, deixo de ser o Miguel, pesquisador do jornal, e me torno o protagonista de qualquer história nova ou continuada; existindo em qualquer universo aleatório, sozinho ou acompanhado de outras pessoas também vestidas de seus avatares. É aí que consigo ter a dimensão do que faz um game ser bom para mim.
Imersão
O dicionário diz que imersão é o “ato ou efeito de imergir; mergulhar ou afundar” e é essa a definição exata que busco em um bom jogo. Se você não consegue se identificar com o personagem, com a história e os objetivos dele, a experiência estará fadada ao fracasso e o game será um sério candidato a ser abandonado pelo caminho.
Eu mesmo tenho uma lista na Steam chamada "Tentei, mas não rolou", composta por jogos que iniciei mais de uma vez, mas não consegui me identificar com o enredo ou os personagens, não consegui imergir no universo que estava ali para mim ou, simplesmente não eram divertidos o bastante. E aqui entra o meu segundo ponto: Precisa ser divertido!
Diversão
Diversão é o segundo elemento essencial para um jogo ser bom, e a jogabilidade é um componente crucial dentro desse aspecto. Sem uma boa jogabilidade, o jogo simplesmente não consegue ser divertido. Além disso, muitas outras pequenas ou grandes coisas contribuem para a diversão.
Mencionei anteriormente a importância da imersão, então afirmo aqui que, para haver imersão, o enredo precisa ser divertido. E ser divertido não significa ser superficial ou menos complexo.
Existem jogos para momentos em que você não quer pensar em nada, apenas seguir o fluxo, pular de um lado para o outro, correr de carro, montar um quebra-cabeças...
Jogos de suspense ou terror, com um ritmo mais lento e compassado, também podem ser extremamente divertidos. Na verdade, um enredo complexo e o suspense envolvido me divertem muito. Passo horas entretido na trama, tentando desvendar aonde a história vai me levar e na expectativa do próximo susto.
Ainda falando de diversão, bons jogos também são aqueles que permitem desopilar do dia a dia sem complexidade alguma. Muitas vezes, digo aos meus amigos: “Hoje quero jogar algo que não exija muito pensamento. Apenas trocar tiros de mentira com alguém aleatório enquanto escuto umas musiquinhas dos anos 80” ou “Deveria haver um RPG onde, ao pegar o loot, o melhor item fosse automaticamente equipado”.
No final das contas, preciso me sentir parte do universo do jogo, conectado com os personagens e envolvido na trama. Acima de tudo, o jogo deve ser divertido, seja por meio de uma jogabilidade fluida, um enredo cativante ou simplesmente proporcionando momentos de descontração e escapismo. Essa combinação é o que sempre me faz voltar para a tela, pronto para mais uma aventura.
E quanto a você leitor, o que faz um jogo ser bom?
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