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Videogames e a diversão que não tem idade
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Miguel Pontes é Streamer de Games na Twitch. Host, editor e produtor do Mais Um Podcast de Games e da Comunidade Nerd do O POVO. Pesquisador da Central de Jornalismo de Dados - Datadoc e Acervo O POVO. Neste espaço, vai falar sobre jogos, noticiar eventos, analisar games e opinar sobre a indústria de jogos

Videogames e a diversão que não tem idade

Quando você ouve a palavra "videogame", ainda pensa em adolescentes jogando até de madrugada? Se sim, talvez esteja na hora de atualizar essa visão.
Tipo Opinião
Jogar videogame depois dos 30, passatempo infantil ou brincadeira de adulto? (Foto: Reprodução | Internet)
Foto: Reprodução | Internet Jogar videogame depois dos 30, passatempo infantil ou brincadeira de adulto?

Cada vez mais, pessoas acima dos 30, 40 anos ou até mais velhas estão descobrindo (ou redescobrindo) o mundo dos games. Nos últimos anos, os jogos deixaram de ser uma simples distração e se tornaram parte da cultura pop das últimas gerações.

Antigamente, você pegava o controle para jogar e era quase automático pensar em jogo mais raso, focado apenas no desafio de passar para a próxima fase.

Hoje, os jogos evoluíram muito, adotaram narrativas complexas, visuais realisticamente impressionantes e experiências imersivas que rivalizam com qualquer filme ou série de TV.

Eu comecei a jogar quando era criança, lá no tempo do Odyssey, no final dos anos 80 e posteriormente Mega Drive, Super Nintendo, Playstation dos anos 90 pra cima. Lembro como era simples saltar sobre cogumelos, escapar de fantasmas, tentar bater o próprio recorde ou morrer na fase da água (maldito Sonic!), tudo ao toque de poucos botões.

Só que agora, a experiência é outra, beeeem diferente.

Jogos como The Last of Us, God of War, Skyrim ou Alan Wake, por exemplo, me envolvem de uma maneira que filmes raramente conseguem hoje em dia. Não é apenas sobre apertar botões ou passar de fase, é sobre viver a história e “ser” o protagonista.

Claro, há quem ainda olhe com “preconceito”, dizendo que adultos não deveriam "perder tempo" com isso ou que é coisa de criança. Mas então pergunto: por quê?

Por que ninguém questiona o tempo gasto assistindo TV, lendo um livro ou indo ao cinema? Jogar não é tão diferente assim. Pode ser até mais benéfico, já que muitos games exigem raciocínio lógico, estratégia, e até ajudam na coordenação e na tomada de decisões. Até há alguns estudos sobre o assunto, e isso sem nem entrar na questão da gamificação das coisas, que por si só já daria uma série de textos aqui na coluna.

Além disso, os jogos online permitem conexões sociais e a interação com pessoas ao redor do mundo sem sair do seu sofá, algo que pode ser importante quando o tempo para encontrar amigos na vida real está escasso ou você está sem grana mesmo pra ir no barzinho jogar conversa fora. É só chamar pra uma partidinha online, ligar o Discord para papear e ser feliz.

Outro ponto é que os games podem ser uma ótima forma da minha geração 40+ se conectar com as gerações mais jovens e entender seu comportamento, ou pelo menos tentar né!.

Tenho sobrinhos que adoram jogar, e, embora os jogos que eles curtam sejam um pouco diferentes dos meus, não deixa de ser uma maneira de estarmos juntos, compartilhando momentos, algumas risadas ou exercendo a nossa amada cearensidade ao ficar mangando dos outros online. É bom demais macho véi!

É preciso saber dosar o tempo de jogo, porque o excesso nunca é bom. E isso vale para qualquer coisa da vida, seja um hobby, esportes, leitura ou maratonar séries. O segredo, como boa parte das outras coisas, me parece estar no equilíbrio.

E, deixa te falar, depois de um dia estressante de trabalho, nada como ligar o console, esquecer o mundo real por um tempo e se perder em uma boa história não é mesmo?

Portanto, se você acha que videogame é coisa de criança, te desafio a dar uma chance e experimentar. Explore os títulos mais novos, experimente diferentes gêneros e descubra como pode ser divertido.

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