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Por que jogos indies estão mudando o mundo dos games?
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Miguel Pontes é Streamer de Games na Twitch. Host, editor e produtor do Mais Um Podcast de Games e da Comunidade Nerd do O POVO. Pesquisador da Central de Jornalismo de Dados - Datadoc e Acervo O POVO. Neste espaço, vai falar sobre jogos, noticiar eventos, analisar games e opinar sobre a indústria de jogos

Por que jogos indies estão mudando o mundo dos games?

Em tempos onde as grandes franquias dominam gráficos de última geração, os games independentes mostram que, às vezes, o que importa mesmo é a criatividade por trás das produções
Tipo Opinião
Hades 2 foi lançado em 2024 na esteira do sucesso do primeiro título (Foto: Reprodução | Supergiant Games)
Foto: Reprodução | Supergiant Games Hades 2 foi lançado em 2024 na esteira do sucesso do primeiro título

Em um universo de consoles e PCs, onde gráficos e produção de milhões dominam, os jogos indies têm sido o sopro de ar fresco que muita gente nem sabia que precisava. A indústria dos jogos, assim como o cinema, passou por um momento em que parecia estar repetindo fórmulas em meio a remasters e remakes… Ou seja, investindo só no que era garantido. Eis então, que cada vez mais, surgem esses jogos “menores em orçamento e gigantes em criatividade” para mostrar que o importante nem sempre é a superprodução, mas a inovação e a jogabilidade sem abrir mão da narrativa.

Enquanto os grandes estúdios seguem tentando impressionar com gráficos que beiram o realismo, os indies muitas vezes por questões orçamentárias e equipes reduzidas, nem se preocupam com isso. Eles apostam em histórias cativantes, mecânicas inovadoras e um design que conversa direto com o jogador. E o público tem respondido muuuuito bem – cada vez mais gamers preferem um bom indie a uma franquia famosa topada nos gráficos ultrarrealistas, mas com enredos rasos e sem criatividade.

O jogo Hades por exemplo, da Supergiant Games, mescla mitologia grega com mecânicas de “roguelike” de uma forma que fez com que muita gente que nunca tinha ouvido falar de roguelikes se apaixonasse pelo estilo e mecânica, o que rendeu uma bem sucedida sequência lançada esse ano. Outro game é o premiado Celeste, um jogo de plataforma desafiador com uma narrativa profunda sobre saúde mental, que mostrou que o simples também pode ser intenso e transformador.

Além disso, os jogos indies incentivam a diversidade. Com a liberdade de produção e menos amarras comerciais, eles conseguem abordar temas delicados e nichados que dificilmente ganham espaço em um estúdio grande - que majoritariamente baseia a escolha de seus projetos na necessidade de retorno da receita investida. Essa independência criativa permite que os jogos indies sejam muito mais inclusivos, com histórias que fogem aos estereótipos e exploram outras culturas, gêneros e perspectivas de forma muito mais autêntica e menos comercial.

É como se você tivesse acesso direto à mente do criador!

E o futuro? Com plataformas de financiamento coletivo e distribuição digital, o mercado indie só tende a crescer ainda mais. É claro que não dá pra negar o impacto e o charme das grandes franquias AAA, nem sua inegável qualidade, mas o equilíbrio entre o gigante e o independente é o que mantém a indústria dos games viva e pulsante. E se você reparar, estúdios grandes agora investem em games e estúdios menores como uma forma de surfar essa onda é ser “descolado” em meio a comunidade. O que gera muitas vezes uma discussão sobre o que define um jogo indie… estilo estético ou orçamento? Alô, Dave The Diver!

Então, da próxima vez que for escolher um jogo, e a grana estiver curta ou estiver afim de algo diferente, que tal dar uma chance para um indie? Vai por mim, você vai se surpreender.

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