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O poder da Epigenética
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Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.

Neila Fontenele ciência e saúde

O poder da Epigenética

Fórum da Longevidade reuniu especialistas em saúde, genética, finanças e cultura para falar sobre as tendências para se viver mais e melhor
Tipo Notícia
LYGIA da Veiga Pereira, geneticista brasileira (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal LYGIA da Veiga Pereira, geneticista brasileira

Na semana passada tive a oportunidade de participar do 17o. Fórum da Longevidade, promovido pela Bradesco Seguros em São Paulo. O evento reuniu especialistas em saúde, genética, finanças e cultura para falar sobre as tendências para se viver mais e melhor.

Um dos pontos importantes levantados pelo médico e consultor Alexandre Kalache, consultor da Bradesco Seguro para o assunto, parece óbvio, mas ainda difícil de ser praticado: "O envelhecimento não pode ser entendido como algo súbito. É uma construção que precisa ser feita de uma forma ativa".

Por essa razão, é importante lembrar os pilares para o bem-viver em um mundo capitalista e de situações profundamente desiguais: cuidados com a saúde; conhecimento constante; bons relacionamentos sociais e familiares; e, pelo menos, uma tentativa de planejamento financeiro.

A geneticista brasileira Lygia da Veiga Pereira, que também participou do evento, deixa claro que a longevidade e a propensão a determinadas doenças não decorrem apenas de fatores genéticos.

"Existe o impacto do DNA e também o impacto das nossas escolhas. Os genomas são 99,9% idênticos numa sequência de DNA. Isso significa que, se alguém está se sentindo muito melhor ou pior, saiba que esse 0,1% é o que o faz ser diferente do vizinho", ressalta.

Portanto, boa parte dos fatores que nos levam a adoecer ou a ter mais saúde está ligada à forma pela qual respondemos ao ambiente. Segundo a pesquisadora, apenas 10% desses fatores estão associados a questões genéticas. O estudo das alterações orgânicas em função da adaptação, chamado de Epigenética, mostra que, entre os fatores dessas mudanças estão a alimentação, os medicamentos e as experiências sociais.

Ou seja: temos de escolher bem como nos relacionamos, como comemos e como lidamos com nossos problemas.

Enfrentamento ao TEA

Não são apenas as questões ligadas ao processo de envelhecimento que preocupam. A quantidade de diagnósticos de autismo também gera questionamentos. O congresso Outubro Médico, a ser realizado na próxima sexta e sábado no Centro de Eventos, vai debater os desafios do enfrentamento ao TEA (Transtorno do Espectro Autista), bem como o uso da Inteligência Artificial na Medicina e a responsabilidade na formação médica.

Também serão homenageados quatro profissionais que contribuíram para o desenvolvimento científico da área médica cearense: o neurocirurgião Flávio Leitão e a cardiologista Célia Cirino; e os médicos Trajano Almeida e Darival Bringel , ambos "in memorian".

Fatores de risco para a trombose

Dentro do pensamento de como lidamos com as situações, é importante lembrar para os cuidados com o coração e os fatores de riscos da trombose. Detalhe: ela é a terceira maior causa de morte cardiovascular no Brasil.

Conforme dados da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH), a cada ano, quase 300 mil brasileiros são acometidos por algum fenômeno trombótico. O cirurgião vascular da Hapvida NotreDame Intermédica, Fábio Sotelo, informa algumas medidas de prevenção – entre elas, evitar o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas, e criar uma prática de atividade física regular, de hidratação constante e de manutenção do índice de massa corporal (IMC) adequado.

Tais medidas ajudam a prevenir também outros tipos de doenças.

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