Colunista de Economia, Neila Fontenele já foi editora da área e atualmente ancora o programa O POVO Economia da rádio O POVO/CBN e CBN Cariri.
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Quem nunca ficou nervoso antes de uma prova? Agora, imagine a emoção e a ansiedade dos estudantes inscritos no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) submetidos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Foram 4.325.960 de pessoas em todo o País, concorrendo a vários cursos, tentando acertar na escolha de uma carreira profissional.
Muitos estão terminando o ensino médio; outros passaram por cursinhos preparatórios e se submeteram a uma maratona para a solução de questões de Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, História, Português e Redação, com a exigência de conhecimentos gerais, na tentativa de entrar em uma universidade pública; e há ainda as pessoas que buscam uma segunda graduação.
Sabemos do zelo e do cuidado do INEP para com as provas, bem como da importância política de tal momento para os governantes, diante da grandiosidade de um exame como esse. O que talvez não se dimensione adequadamente é a relevância da preparação dos fiscais para a tranquilidade da realização das provas.
Nesse último Enem, alguns acontecimentos em sala reforçam a necessidade de maior cuidado nessa área. Candidatos relatam casos de fiscais que apagaram a luz das salas em dois ou três momentos durante a aplicação das provas; ou de fiscais que deixaram para entregar o exame apenas após o início do pleito, tomando parte do tempo para explicar regras sobre materiais e alimentação, o que poderia ser feito na hora de guardar os materiais; e há ainda relatos de fiscais circulando entre as cadeiras e esbarrando entre os alunos, tornando o clima das provas ainda mais tenso do que já é, em prol de uma ronda efetiva da sala - o que também poderia ser feito antes das provas.
Estamos cientes de todos os problemas já ocorridos para a execução de exames anteriores como esses, com casos que chegaram à prisão de estudantes, mas uma segurança efetiva pode ser feita com mais inteligência. Embora esse ano não tenha havido nenhuma intercorrência grave durante a aplicação dos exames, um melhor treinamento dos fiscais ajudaria em um clima mais tranquilo e humano para as provas. Não precisa ser nada complicado.
Conforme relatou uma de estudantes queixosos que se submeteu às provas, "não é nada como ir buscar água em Marte ou criar uma bomba nuclear": basta um pouco mais de empatia e de regras sobre como receber os alunos e como se deslocar nas salas, para a obtenção de um clima melhor.
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