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Neila Fontenele é editora-chefe e colunista do caderno Ciência & Saúde do O POVO. A jornalista também comanda um programa na rádio O POVO CBN, que vai ao ar durante os sábados e também leva o nome do caderno
Neila Fontenele é editora-chefe e colunista do caderno Ciência & Saúde do O POVO. A jornalista também comanda um programa na rádio O POVO CBN, que vai ao ar durante os sábados e também leva o nome do caderno
O governador Elmano Freitas pode ter esquecido, mas com o medo de contaminação dos alimentos com agrotóxicos ou ratos, lagartas e caramujos, ficou mais trabalhoso comer até mesmo uma simples folha de alface. Os protocolos de higiene das donas de casa mais cuidadosas passam por lavagens de frutas e verduras com água sanitária, vinagre e até bicarbonato de sódio.
Tem gente utilizando todas as dicas propagadas até por influenciadores digitais mas, mesmo assim, permanece o medo de se comer veneno ou alimentos contaminados pela falta de higiene.
Parece que as autoridades habitam um mundo paralelo, ignorando os receios da população e as investigações das causas dos adoecimentos sérios, como alguns tipos de câncer, alterações hormonais e problemas neurológicos. Não faltam estudos relativos ao assunto sobre os problemas gerados à saúde no curto, médio e longo prazos.
Em 2024, o Tribunal Superior do Trabalho lançou a campanha “Saúde é a melhor colheita”, alertando sobre os riscos para o trabalho rural.
Com a aprovação de drones para a pulverização de agroquímicos no Ceará, as questões com a Justiça do Trabalho devem diminuir, sobrando problemas para donas de casa mais desavisadas, passarinhos, lagartas, solo e rios - enfim, para todos, no final das contas.
Só lembrando que, conforme dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do planeta: são 720 mil toneladas de pesticidas para uso agrícola. Diante de tais índices, fica difícil saber a real qualidade do que se come.
Como se não bastassem a contaminação agrícola e o excesso de conservantes nos alimentos ultraprocessados, ainda há o impacto das mudanças climáticas. O médico oncologista da rede D’OR, Daniel Musse, lançou recentemente um alerta sobre a elevação dos riscos de cânceres de pulmão, cérebro e mama em função da destruição da vegetação, incêndios florestais e queimadas.
Ele se baseia em um estudo anglo-americano que ressalta o impacto da poluição do ar, atribuindo a esses fenômenos a causa de aproximadamente 14% dos casos de câncer de pulmão em todo o mundo.
Ou seja: mesmo que você faça tudo certo, que lave bem as folhas de alface e que não coma alimentos ultraprocessados, ainda assim corre os riscos inerentes ao nosso tempo, decorrentes de séculos de descaso no trato com a natureza. Já passou da hora de ações coletivas para minimizar os riscos; agora, é pensar em como frear os danos.
Representantes da Sociedade Brasileira de Mamografia se mobilizaram ontem para desmentir vídeo que circula nas redes sociais associando a realização frequente de mamografia a uma maior incidência de câncer de mama. A dose de radiação da mamografia é duas vezes maior que a do raio X e não 150 vezes, e não gera riscos para a saúde de pacientes.
O médico dermatologista Daniel Dziabas, defensor do conceito de slow aging, apresenta dois novos protocolos estéticos que combinam o Lifting 4D (voltado para o rosto) e o Body 3D (para o corpo). Daniel foi o vencedor do prêmio “Dermatologist of The Year” 2024/25, oferecido pela Corporate LiveWire Global Award.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) do Ministério da Saúde emitiu parecer final favorável à incorporação da vacina Abrysvo, da Pfizer, ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O imunizante foi aprovado no Brasil em abril de 2024, visando a prevenção de doenças provocadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR)2, principal causa de infecções respiratórias graves em crianças pequenas.
A indicação materno-fetal de Abrysvo em debate para inclusão no PNI contempla aplicação de dose única durante a gestação, de modo que as crianças já nascem imunizadas contra o VSR.
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