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Precisamos falar sobre a epilepsia
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Neila Fontenele é editora-chefe e colunista do caderno Ciência & Saúde do O POVO. A jornalista também comanda um programa na rádio O POVO CBN, que vai ao ar durante os sábados e também leva o nome do caderno

Neila Fontenele ciência e saúde

Precisamos falar sobre a epilepsia

O dia 26 de março foi estabelecido como data de conscientização sobre essa condição que afeta uma população expressiva
Ilustração 3D mostra vasos do cérebro 

 (Foto: Alex Mit / AdobeStock)
Foto: Alex Mit / AdobeStock Ilustração 3D mostra vasos do cérebro

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Está mais do que na hora de desmistificar a epilepsia. Ela é decorrente de uma condição neurológica que afeta aproximadamente 50 milhões de pessoas no planeta e cerca de 2 a 4 milhões de brasileiros, segundo os cálculos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante dos preconceitos que ainda marcam os seus sintomas, o dia 26 de março foi estabelecido como data de conscientização sobre essa condição que afeta uma população expressiva.

Eis algumas verdades listadas pela Abbott, empresa internacional de cuidados para a saúde, sobre essa condição para ajudar a quebrar alguns tabus.

1) A epilepsia não é contagiosa

2) As pessoas com epilepsia têm condições de vida normal, desde que sejam adequadamente tratadas e realmente se engajem no seu tratamento

3) Os pacientes com epilepsia podem ter um aprendizado normal e seguir a própria vida sem alterações mentais, embora alguns possam sofrer com dificuldades escolares devido às medicações usadas no controle das crises

4) As crises podem ser controladas com medicamentos em aproximadamente 70% dos casos

5) As crianças precisam de mais cuidados em relação à doença, tanto em sua rotina quanto no uso da medicação, mas podem ter uma vida normal, participando de brincadeiras e de projetos escolares.

Também vale o esclarecimento dado pelo médico Guilherme Torezani: epilepsia não é doença mental, embora seja necessário o acompanhamento médico.

ASSINATURA de memorando de parceria  entre UFC, Fiocruz e Instituto Pasteur(Foto: Divulgação/Camila Albuquerque)
Foto: Divulgação/Camila Albuquerque ASSINATURA de memorando de parceria entre UFC, Fiocruz e Instituto Pasteur

Avanço da imunologia no Ceará

Ontem foi dado mais um passo em prol do aprimoramento de projetos científicos no Ceará. Com a assinatura do memorando de entendimento entre Fiocruz, Instituto Pasteur Paris e UFC, a perspectiva é de desenvolvimento de novas terapias e estudos translacionais, e do reforço das capacidades de realização de ensaios pré-clínicos e clínicos.

A cocoordenadora do Centro Pasteur Fiocruz de Imunologia e Imunoterapia, Caroline Passaes, acredita que o acordo promoverá estudos avançados na área de imunologia. "Essa parceria tem como objetivo não apenas gerar novos conhecimentos científicos, mas também impulsionar o desenvolvimento de produtos e tecnologias inovadoras, fortalecendo as estratégias de saúde pública e contribuindo para o bem-estar social", reforça ela.

Outro ponto destacado por Caroline: a chance de intercâmbios acadêmicos de pesquisadores e estudantes das universidades locais, especialmente da UFC, o que gera a possibilidade de experiências importantes para a capacitação de pessoas em ambiente qualificado e com vivência internacional.

L'Oréal: acesso à saúde da pele

O Grupo L'Oréal lançou o programa L'Oréal Act for Dermatology. A iniciativa da divisão de Beleza Dermatológica tem o objetivo de democratizar o acesso à saúde da pele para os 2,1 bilhões de pessoas em todo o mundo afetadas por doenças dermatológicas. Com um investimento de 20 milhões de euros ao longo de cinco anos, foi firmada uma parceria com a Fundação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate às doenças de pele comuns e às doenças tropicais negligenciadas (DTNs).

A avaliação é de que existe uma crise dos "desertos dermatológicos". Um estudo preliminar do Global Access to Skin Health Observatory, com a Liga Internacional das Sociedades Dermatológicas (ILDS), ressalta as disparidades alarmantes nos cuidados dermatológicos: mais de um terço dos países têm apenas um dermatologista ou menos a cada 100.000 habitantes, afetando cerca de 3,5 bilhões de indivíduos em todo o mundo. No Brasil, os dados variam dependendo dos sistemas de saúde e da região.

 

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