Neivia Justa, jornalista, empreendedora, palestrante, mentora, professora, fundadora e líder da JustaCausa, com 30 anos de experiência como líder de Comunicação, Cultura, Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas como Natura, GE, Goodyear e J&J. Criadora do programa #LíderComNeivia e dos movimentos #OndeEstãoAsMulheres e #AquiEstãoAsMulheres, foi a vencedora do Troféu Mulher Imprensa e do Prêmio Aberje 2017 e, em 2018, foi eleita uma das Top Voices do Linkedin Brasil.
Durante a pandemia, acalentei o sonho de que, ao sobrevivermos àquela experiência tão traumática, nos tornaríamos seres humanos melhores. É duro constatar que minha esperança não parece ter se tornado realidade
Foto: Divulgação
Neivia Justa, jornalista, executiva e criadora do movimento #ondestãoasmulheres
Sou uma otimista realista. Gosto de acreditar que, como diz meu amigo Jurgis Figueiredo, "o mundo sempre caminha para frente e para melhor".
Durante a pandemia, acalentei o sonho de que, ao sobrevivermos àquela experiência tão traumática, nos tornaríamos seres humanos melhores. É duro constatar que minha esperança não parece ter se tornado realidade.
Como é possível que, em pleno século 21, estejamos no meio de tantas guerras políticas, territoriais, religiosas e ideológicas, entre outras?
Como é possível que um jovem milionário dirija seu Porsche, embriagado, em alta velocidade, na madrugada paulistana e mate um pai de família, motorista de aplicativo, em pleno exercício do seu trabalho? A família do moço, que pagou R$ 500 mil de fiança, acredita que o valor de um salário mínimo mensal é suficiente para "reparar" a vida da vítima.
Como é possível que um homem crie e maltrate pitbulls que atacam livremente os vizinhos na rua, de manhã cedo, a ponto de arrancar braço, orelha e quase matar uma premiada escritora de poesia infantil?
Como é possível que um garoto de 16 anos mate a tiros pai, mãe e irmã porque por estar com raiva dos pais porque eles haviam tomado seu celular?
Como é possível que um homem dirigindo uma Mercedes, disputando um racha com o motorista de outra Mercedes, atropele um motociclista conduzindo uma passageira e fuja sem prestar socorro? A moça teve a perna amputada.
Como é possível que, em meio à tragédia do Rio Grande do Sul, 22 indivíduos tenham se organizado em quadrilhas para praticar roubos em larga escala nas casas e empresas do estado? Ladrões esses que roubaram alimentos, itens básicos de higiene pessoal, aparelhos eletrônicos como televisões, computadores, geladeiras, motosserras, veículos e até tratores. Chegaram ao absurdo de utilizar retroescavadeiras para invadir empresas e transportavam os itens roubados em caixas d'água vazias. Ao todo, foram dezessete empresas saqueadas em Eldorado do Sul.
Além disso, como é possível que, em meio a esse caos gaúcho, mulheres e crianças precisaram ser levadas a abrigos exclusivos para evitar que fossem estupradas por seus próprios familiares?
Que homens estamos criando e vamos deixar para o mundo? n
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