Neivia Justa, jornalista, empreendedora, palestrante, mentora, professora, fundadora e líder da JustaCausa, com 30 anos de experiência como líder de Comunicação, Cultura, Diversidade, Equidade e Inclusão em empresas como Natura, GE, Goodyear e J&J. Criadora do programa #LíderComNeivia e dos movimentos #OndeEstãoAsMulheres e #AquiEstãoAsMulheres, foi a vencedora do Troféu Mulher Imprensa e do Prêmio Aberje 2017 e, em 2018, foi eleita uma das Top Voices do Linkedin Brasil.
Com que frequência você encontra seu passado? Como se dá esse encontro? De maneira intencional ou ao acaso? Que sentimentos te invadem quando isso acontece? Saudade? Nostalgia? Curiosidade? Orgulho? Alegria?
Neste ano, tive alguns encontros planejados e um, recente, fortuito. E isso me fez perceber a diferença do que senti em cada ocasião. Um dos intencionais aconteceu nas últimas férias de julho, numa viagem em família pelo Nordeste, quando voltei, literalmente, no tempo.
Revivi caminhos e revisitei lugares da minha infância e adolescência. Senti aromas e sabores que estavam guardados na parede da memória, como diria Belchior. E reencontrei amigas que eu não via há mais de 40 anos. Foi mágico me reconectar com elas, colocar a vida em dia e entender que nosso passado em comum é motivo de muita alegria e orgulho. Das meninas que fomos e das mulheres que nos tornamos. Cada uma com sua história singular, vivendo e sendo feliz à sua maneira.
Já o encontro casual aconteceu aqui em São Paulo, há alguns dias, enquanto eu subia a escada rolante de um shopping e ele, um "crush" do passado, descia. Aquele homem maduro, quase sessentão, praticamente não trazia os traços do galã que eu não via há mais de um quarto de século. O tempo tem o poder de ser gentil e generoso, ou profundamente cruel, conosco. No caso do moço em questão, lá estavam os olhos extremamente azuis, mas ele parecia menor, ensimesmado, com a postura menos ereta e os cabelos ralos.
Senti um misto de nostalgia e curiosidade. Fiquei imaginando o que teria passado por sua mente se ele tivesse me visto. Será que teria me reconhecido? Teríamos conversado? Nunca saberei. Como eu estava sem tempo, nem tentei chamar seu nome. Mas gostaria de ter sabido do rumo que ele havia dado à sua vida e ter contado da minha. Quem sabe nos esbarramos novamente nas esquinas da vida.
Na semana passada, tive outro encontro intencional, desta vez com duas amigas que conheci há 31 anos, nos bancos da pós, na ESPM. Éramos jovens mulheres cheias de sonhos e planos, começando a carreira num mundo de homens. Hoje somos mulheres maduras, resilientes, cheias de vida, experiência e sororidade, num mundo que segue sendo machista e etarista. n
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