Espaço dos correspondentes escolares do Programa O POVO Educação 2021. O programa reúne 140 jovens estudantes do ensino fundamental das redes pública e privada de Fortaleza. Os correspondentes participam de oficinas nas quais aprendem a editar jornais, roteirizar podcasts e apresentar programas de rádio, entre outras atividades
O primeiro livro que me incentivou a tornar a literatura como hábito foi "Vende-se uma família", da Socorro Acioli, que por sinal é cearense.
Não vou mentir, não conheço muitos autores nordestinos, mas assim que vi esse livro na biblioteca me encantei, a capa é um desenho de uma família na época do Brasil Colônia, nunca havia visto algo parecido.
Desse modo a história fala de 2 amigos - um escravo e seu senhor - que sofreram na escravidão no Brasil. Até que um dia a família de escravos é vendida e o menino vai junto, os 2 passam anos sem se ver e então os amigos começam uma jornada em busca de liberdade e de seu reencontro, cada um a sua maneira.
Além disso, nesse livro descobri um pouco sobre o Dragão do Mar e sobre a época de escravidão em Fortaleza, apesar da história ser fictícia tem algumas partes históricas que eu não sabia, e o livro é tão bem feito, a forma como a história é contada, suas reviravoltas, o aspecto dás páginas que parecem envelhecidas, os desenhos ao longo do livro.
É tudo muito bem pensado, e te ajudam a ficar imerso na história, querendo saber como acaba.
Com isso, assim que terminei esse livro, comecei a procura histórias assim, da época do Brasil Colônia. Foi aí que conheci "Kindred: laços de sangue" da Octavia Butler. Apesar de não se passar no Brasil, não ser de uma autora brasileira (Octavia Butler também é importante, pois foi a primeira mulher negra a ganhar um prêmio de literatura) e a história ter um pouco de ficção, acaba sendo muito interessante, porque também tem algumas figuras históricas e te prende tanto quanto "Vende-se uma família". Apesar das narrativas serembem diferentes, elas tem uma coisa em comum, a escravidão e o que seu sofrimento trouxe a essas pessoas que vieram forçadas ao Brasil, que tiveram suas histórias apagadas e suas famílias destruídas. "Vende-se uma família" ainda tem um final feliz, que infelizmente muitas -se não a maioria- das famílias de escravos não tiveram.
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