Espaço dos correspondentes escolares do Programa O POVO Educação 2021. O programa reúne 140 jovens estudantes do ensino fundamental das redes pública e privada de Fortaleza. Os correspondentes participam de oficinas nas quais aprendem a editar jornais, roteirizar podcasts e apresentar programas de rádio, entre outras atividades
Duro é o aceitar que o pra sempre, sempre acaba. (Re)viver o cíclico memorial, retornando no tempo contra a própria vontade, adiando o presente o quanto puder e antecipando o futuro ao máximo. Mas as memórias são os bens mais preciosos que temos. Tudo se faz para se ter memórias. Ao mesmo tempo, se constroem os lugares de memória para marcar o tempo porque toda história é remorso. O saudosismo nostálgico nem sempre é o único elo pertinente da preservação da memória, mas também o lembrete de não repetição. As memórias são os bens mais sujos que temos. O sujo é necessário, e tudo se faz para evitá-lo. Como diria Drummond, as casas ainda restam, os amores mais não. Não se escolhe o que quer lembrar, mas se escolhe como lidar.
Como chumbo, acumulam-se as memórias que são graduais e proporcionais ao tempo, decisivas na procedência das escolhas. Então, vem o Ano Novo, com a falsa sensação de esvaziamento das memórias, mas o acúmulo se mantém num armazenamento de experiências infinito, em que se revive o sujo e o nostálgico, e assim mentalmente o pra sempre nunca acaba. No fim, somos o acúmulo e as
suas consequências.
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