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Deleites de uma ingrata amante
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Espaço dos correspondentes escolares do Programa O POVO Educação 2021. O programa reúne 140 jovens estudantes do ensino fundamental das redes pública e privada de Fortaleza. Os correspondentes participam de oficinas nas quais aprendem a editar jornais, roteirizar podcasts e apresentar programas de rádio, entre outras atividades

Deleites de uma ingrata amante

Minha doce e amarga solidão;

que me acompanhastes desde então.

Preciso te contar, que o seu amor é de matar

mas a sua companhia me faz ressuscitar

e em teus braços eu senti e me conheci

mas com o tempo fui indo, abstendo-me de mim

e assim compreendendo o meu fim.

No qual o abstramento do meu ser perdurara

transtornando-me e afugentando-me ao sono vil

do esquecimento frio que és existir.

Contudo, envolto de te eu ressurgir

com o vislumbre no afluxo da esperança

que UM DIA essa dor IRÁ SUMIR.

Mas por natureza, o pombo em tristeza fugiu

e essa esperança logo se extinguiu

e em dúvida não entendi e assim permaneci

sem distinguir, qual norte em ti deveria prosseguir.

Por isso, minha bela dama,

que toda noite vem a me observar

e em teu doce e amargo abraço

que de longe é um afago

eu tento me deleitar.

Mas teus seios só vens a me sufocar

apertando-me e impedindo-me de falar

por isso eu suplico.

-EU PRECISO GRITAR!

Ô bela dama que se chama solidão

que vai deixando-me ser razão

e em sua doçura

vai transformando-se na minha tortura.

Mas como no maniqueísmo do barroco

entre o gozo e o sacro

todos têm o seu carrasco

e eu continuo a repetir

sem ti, eu não conseguiria existir

pois com a sua presença

eu sou agraciado com o novo

dando-me a sentença

de me compreender de novo.

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