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JOANA D'ARC Mocinha corajosa e pura que levou os franceses à vitoria
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A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO

JOANA D'ARC Mocinha corajosa e pura que levou os franceses à vitoria

O modo como foi detida a conquista inglêsa da França é um dos casos mais estranhos da história, visto que quem impediu essa conquista não foi um guerreiro experimentado, mas uma simples camponesa - JOANA D'ARC
Joana D'arc
 (Foto: Albert Lynch/Divulgação)
Foto: Albert Lynch/Divulgação Joana D'arc

* desde 1928: As notícias reproduzidasnesta seção obedecem à grafia da época em que foram publicadas.


1957

Mocinha corajosa e pura que levou os franceses à vitoria

Quando ela era uma simples mocinha, vivendo na sua aldeia natal, ouvia vozes e tinha visões que a Impeliam a ir salvar a França.

Depois de algum tempo, de tal modo JOANA D'ARC se convenceu de que isto era verdade, não uma mera fantasia, mas uma ordem de Deus, que começou a persuadir os que a rodeavam, dos altos destinos que o céu lhe confiara.

Dirigiu-se para o lugar onde o rei da França estava, e, apesar de a principio os militares troçarem dela, em breve se convenceram pela sua pureza e sinceridade, que a mocinha tinha sido realmente encarregada por Deus de salvar a pátria; e o rei mandou-a, vestida com uma armadura branca, à frente de um grupo de cavaleiros, para a cidade de Orleans, que estava sendo cercada pelos inglêses. Ela derrotou-os e fez levantar o cêrco.

A soldadesca rude, com tal jovem por capitão, começou envergonhar-se de falar e pensar menos honestamente, e seguiu-a como a um chefe enviado por Deus. Onde quer que ela estivesse a vitória era certa, os inglêses já a tinham por bruxa embora os franceses a tivessem por santa. Com os seus triunfos ela deu nova alma e novo alento à França.

Por fim, porém, foi feita prisioneira por uma traição, pois que, perseguida pelo inimigo depois de uma batalha, alguns franceses fecharam a porta da Fortaleza, dentro da qual ela se ia refugiar. Joana foi então julgada como bruxa e hereje e condenada pelos juizes que eram franceses, mas entregue aos inglêses para ser punida. E é com dor que hoje contamos, que a queimaram viva no largo do mercado em Rouen, na Normândia.

Mas o que é certo é que naquêle dia em diante os inglêses pareciam sentir que a mão de Deus estava contra êles, e já não tornaram a ter êxito algum nessa guerra, sendo expulsos de todo o território que Henrique VIII tinha conquistado.

Quanto a Joana d'Arc, a quem também chamam A DONZELA DE ORLEANS, ainda que tivesse sucumbido a uma morte tão cruel, vive eternamente como um grande exemplo de heroismo e de pureza.

2000

Joana d'Arc Heroína, herege e santa

A França festeja os 80 anos de canonização de sua maior heroína: Joana d'Arc, morta na fogueira da inquisição aos 19 anos e canonizada pelo papa Bento XV a 9 de março de 1920. A data é celebrada anualmente a 30 de maio, para lembrar o grande sacrifício da mártir, no ano de 1431. Foi graças à coragem de Joana, então com 17 anos, que a França começou a reagir contra a dominação inglesa. Ela chegou a comandar exército de 12 mil homens, na grande virada que poria um fim à guerra dos 100 anos.

Joana d'Arc nasceu a 6 de janeiro de 1412, em Domrémy, na região de Barrois, na Lorena. Filha mais nova do casal de camponeses Jacques e Isabel, era devota do arcanjo São Miguel e das santas Catarina e Margarida, cujas imagens ela venerava na capela de São Miguel em sua aldeia natal. Aos 13 anos, disse que ouvia vozes de Deus e das santa de sua predileção. Deus a exortava em suas aparições a ser boa e compridora dos deveres de cristã. Como a maioria das jovens de sua época, nunca aprendeu a ler e escrever, mas era conhecida por sua suavidade, caridade e santidade.

Desde criança, Joana se preocupava com as lutas entre franceses e ingleses. A França estava dividida. Mais que isso, estraçalhada. O rei Carlos VII sequer tinha sido coroado, porque não conseguia chegar a Reims. Nobres, como o duque de Borgonha, se aliaram aos ingleses, contra os armanhaques, como eram conhecidos os combatentes franceses. Empobrecido, o rei não tinha dinheiro para vencer a rica Inglaterra.

Quando os combates se aproximaram da região de Barrois, a camponesa Joana, então com 17 anos, decidiu procurar o rei, convicta de que fora escolhida por Deus para salvar a França. Obstinada, conseguiu uma escolta de alguns homens, uma armadura e um cavalo da guarnição de Vaucoulers e foi ter com o rei em Chinon, onde ele se instalara. Era março de 1428. Com sua determinação, convenceu Carlos VII a lhe entregar o comando de um pequeno exército para socorrer Orléans, então sitiada pelos ingleses. No caminho, Joana ganhou adesões. A sua coragem arrastava multidões, numa onda de patriotismo que há muito não se via na França destroçada.


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