A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
* desde 1928: As notícias reproduzidas nesta seção obedecem à grafia da época em que foram publicadas.
10 de janeiro de 1985
No dia 08 de janeiro, de 1935, em Tupelo, Mississipi, nascia o cantor e ator Elvis Presley. Aos 13 anos mudava-se com a família para Memphis, no Tennessee, onde veio morrer, aos 42 anos, de um colapso cardíaco. Uma vida curta, mas de uma trajetória fulminante. Elvis Presley foi um dos nomes mais importantes do "show-biz" nos anos 50 e 60 - quando tornou-se o "Rei do Rock" e fez 33 filmes que renderam mais de 150 milhões de dólares - rompendo os 70 com uma série de concertos.
No verão carioca do ano de 1956, um filme colocou em transe a então juventude dourada (e por vezes transviada) - que se respeite o modismo. Os jornais da época sensacionalizavam dizendo ter havido choros e desmaios de mocinhas ante as cenas da película cujo título, "Ao balanço das horas", realmente marcaria o cenário musical dos anos 50. E um jovem aparentemente desmiolado, com rosto de "quem como doce de leite demais", firmar-se-ia ante sua geração norte-americana e, igualmente, contagiaria os povos latinos e também do mundo inteiro. As vezes parecia espalhafatoso mas quando o menino, de imediato, conquistou a própria Hollywood, estava feito o novo mito musical correndo solto e deixando para trás o mambo de Perez Prado e pequenos ritmos adocicados do Caribe. Não era uma provocação. Apenas um movimento musical que emplacaria através de duas décadas consecutivas e deu no que hoje se reverencia, 30 anos de Rock no planeta.
Falar de Elvis Presley de bem de mau seria enfadonho mesmo por que não levaria a nada. O que sobrou compete aos próprios jovens comentar, mesmo se sabendo que já duas gerações anteriores casaram-se e têm filhos crescidos com seus instrumentos metálicos de mistura com guitarras mantendo o ritmo de Elvis. Hoje, virou fidelidade absoluta entre eles, a começar pelo próprio mito do saudoso, entrando os Rolling Stones de Mike Jagger, os próprios Beatles (por que não?), outros conjuntos, uma década, duas décadas, e agora os Kid Abelha, Barão Vermelho, Paralamas do Sucesso daqui e além do mar.
Por tudo isso, com Elvis - 50 anos do Rei, a Rede Manchete de Televisão, retratará o que foi o fenômeno Elvis Presley e mostrará o artista, o homem - com trechos de seus filmes, entrevistas, cenas documentais. E mostrará também como, cerca de oito anos depois, Elvis, o mito, permanece mais vivo para seus milhões de fãs no mundo inteiro.
16 de agosto de 1978
Precisamente há um ano o "Rei do Rock", Elvis Presley morria, aos 42 anos, na cidade norte-americana de Memphis Tennessee. Ressuscitava uma nova onda da histeria coletiva, apressados esquemas publicitários eram montados para reviver os grandes sucessos do maior ídolo internacional da década de cinquenta. Na Broadway - com casa superlotada (1.300 lugares) oito vezes por semana as (fãs aplaudem e choram uma ilusão com o espetáculo de um imitador de Elvis Rick Saucedo. Discos, revistas, camisetas, fitas cassetes, medalhas, tudo o que for possível para manter sempre viva a imagem do irriquieto e turbulento cantor de "Rock and roll", que nocauteou os principios conservadores da sociedade dos anos 50.
Na primavera de 1954, um rapaz alto de longas costeletas e pernas compridas entrou na modesta gravadora Sun Records, em Memphis, no Tennessee, e pagou quatro dólares para gravar um disco que daria a sua mãe de presente de aniversário. Começava a desencadear um processo que revolucionaria o show-busines em todo o mundo e transformaria aquele jovem em pouco tempo, no maior vendedor de discos da história. Ao arranhar a guitarra da última categoria que ganhara de presente do pai (uma bicicleta custava 55 dólares, muito cara para a extrema pobreza em que vivia a família), ele criava um filão que muitos anos mais tarde abriria caminho para o aparecimento de músicos como os Beatles, Jimmi Hendrix, Bob Dylan e Litle Richard.
Em 1955, a fama de um cantor e "esquisito do Tennessee" já havia alcançado Nova Iorque. Muito bem vendido por seu empresário, Elvis foi contratado pela RCA por 35 mil dólares e mais um adicional de cinco mil. Jamais tinha visto tanto dinheiro em sua vida. Começaram então os "tours" por cidades como Jacksonville e Norfolk, nos quais se apresentava com camisas vermelhas de seda, calças negras de boca fina e botas de vaqueiro. Aos poucos ele descobriu que podia fazer as platéias gritarem histericamente com o rebolado que lhe valeria pouco depois o apelido de "Elvis the Pelvis".
E daí sucederam-se as gravações (400 milhões de discos vendidos), 45 discos de ouro e 33 filmes totalizando a vida artistica de um dos mais controvertidos artistas do século.
Nos últimos anos de vida, Elvis voltaria ao cinema, a televisão e aos shows (especialmente em Las Vegas), depois de um longo período de afastamento voluntário. E ainda era capaz de levar multidões a seus espetáculos como aconteceu na Madison Square Gardem, ao qual compareceram 100 mil pessoas, de todas as idades: seus fãs dos anos 50 e 60, agora senhores e senhoras, de quase 40 anos e jovens adolescentes que haviam descoberto nele o início de tudo, a centelha básica que até hoje espalha suas fagulhas por todo o mundo. As apresentações em público foram diminuindo até viver praticamente escondido, apavorado com a idéia de mostrar-se em público obeso e quarentão, submetendo-se constantemente a severos regimes para emagrecer, olhando-se frequentemente no espelho em busca de mais um fio de cabelo branco, imediatamente disfarçado com tituras ou cuidadosamente retirado com pinças.
Pelo resultado da autópsia, realizada no Hospital Central de Memphis, o cantor já estava morto há três horas e meia, quando foi encontrado por seu empresário Joe Esposito. A autópsia revelou ainda que Elvis não ingerira qualquer tipo de droga que lhe pudesse ter provocado a morte. Esta foi resultado de uma arritmia cardíaca (um descompasso nas batidas do coração), "mas a razão talvez nunca venha a ser conhecida, apesar de muitas a poderem ter provocado", disse o médico do cantor, George Nichopoulos.
Em Fortaleza houve celebração de missa de sétimo dia, na Igreja do Senhor do Bonfim, em Monte Castelo, pela morte de Elvis Presley, patrocinada pela Ceará Gang Elvis Presley, fã-clube constituído por centenas de admiradores do "Rei do Rock". Danny e Cardoso (respectivamente presidente vice do clube), sentaram no banco da frente com a fotografia do cantor em punho e no momento da elevação levantaram o poster. Enquanto isso, outros fãs choravam inconsoláveis.
Hoje, no primeiro aniversário de morte de Elvis, os fãs do cantor poderão evocar seu sentimento de admiração na Missa que será celebrada, ás 18h30min, na Igreja Nossa Senhora do Carmo. Inclusive a gravadora RCA distribuiu cartazes anunciado o ato litúrgico: "Participamos a realização da Missa do primeiro ano da eternidade de Elvis Presley, dia 16 de agosto".
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