
A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
A história do Ceará e do mundo desde 1928, narrada pelas lentes do acervo de O POVO
* desde 1928: As notícias reproduzidas
nesta seção obedecem à grafia da
época em que foram publicadas.
2 de abril de 2005
Papa começa a perder consciência
As condições gerais do papa João Paulo II, 84, mantêm-se inalteradas, mas gravíssimas, disse na manhã deste sábado, 2, o porta-voz do Vaticano, Joaquin Navarro-Valls, acrescentando que ele sofreu comprometimento do estado de sua consciência, mas não está em coma. Navarro - Valls afirmou durante o comunicado oficial, na Cidade do Vaticano, que o papa reage e emite sinais, e se comunica movimentando os olhos.
Apesar disso, o porta-voz declarou não ter informações a respeito da extensão do comprometimento da consciência de João Paulo II. O estado de saúde de João Paulo II é gravíssimo, mas o coração ainda resiste, indicaram neste sábado fontes médicas e meios de comunicação italianos.
2 de abril de 2005
Causa da morte
O papa João Paulo II morreu no sábado de um choque séptico e de um colapso cardiovascular circulatório irreversível. Foi o que informou o atestado de óbito, divulgado ontem na Cidade do Vaticano.
Luto mundial. Poloneses, espanhóis, franceses e fieis de todo o mundo uniram-se, ao longo do dia de ontem, para reverenciar a memória de João Paulo II. Na sua terra natal, a principal peregrinação foi em direção a Cracóvia. Centenas de milhares de pessoas compareceram a santuários e locais sagrados do catolicismo para homenagear o papa João Paulo II neste domingo, dia da Divina Misericórdia.
A população da Cracóvia, na Polônia, interpretou a morte do polonês Karol Wojtyla como um apelo para ir ao Santuário de Lagiewniki, inaugurado pelo papa na último viagem ao seu país natal para honrar a Santa Faustina Kowalska, inspiradora da data festiva. A festa da Divina Misericórdia foi instituída pelo próprio João Paulo II há apenas dez anos para honrar uma freira cujas doutrinas marcaram a juventude de Karol Wojtyla. Dezenas de milhares de pessoas acompanharam na esplanada ao ar livre do santuário a missa dominical, em que foi lido com emoção o Ângelus preparado pelo falecido Pontífice para ontem, segundo domingo de Páscoa. Ontem, esta singular peregrinação ao santuário teve mais ares de romaria popular do que de solene ofício pelo falecido papa.
3 de abril de 2005
Luto no Brasil
Missas em homenagem ao papa João Paulo II foram realizadas por todo o Brasil, mobilizando católicos para orações pela memória dele, que morreu no último sábado, no Vaticano. Os católicos brasileiros lotaram igrejas para demonstrar sua reverência pelo Santo Padre, um dia após sua morte.
3 abril de 2005
Vaticano
João Paulo II, o grande, transformou-se na defesa da civilização do amor, disse o cardeal Sodano, diante de milhares de pessoas ontem na praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, enquanto os membros da Cúria romana e do corpo diplomático passavam diante de seu corpo. Diante de 130 mil pessoas, o cardeal Angelo Sodano, na primeira missa solene realizada pela alma do pontífice, chamou João Paulo II de "o Grande", apelido rapidamente adotado por governantes e cidadãos dos cinco continentes.
8 de abril de 2005
Roma em silêncio
A tradicional agitação de Roma cedeu lugar a um silêncio respeitoso e muita solidariedade no dia do funeral do Papa João Paulo II. Cerca de 600 mil pessoas assistiram a missa na Praça de São Pedro e outras milhares acompanharam por telões colocados pela prefeitura.
Um silêncio enorme e respeitoso tomou conta de toda a cidade no dia do serviço fúnebre papal. A cidade, sempre efervescente e mundialmente famosa pelo seu estilo de vida exuberante, estava absolutamente tácita para o funeral do Papa. Tudo acontecendo em clima pacífico, cuidadoso e sempre solene. Um grande momento histórico, sem sombra de dúvida. O aparato oficial montado para auxiliar os peregrinos e fiéis do mundo inteiro mostrou-se mais que exemplar. Das barracas de camping colocadas pelas autoridades municipais ao trabalho voluntário dos cidadãos romanos nos serviços de segurança, passando pela distribuição gratuita de água e a presença de serviço médico de apoio em várias localizações da cidade.
8 de abril de 2005
Homenagem nas escolas católicas em Fortaleza
Uma homenagem com portas fechadas. Devido ao sepultamento do papa João Paulo II, boa parte dos 15 mil alunos de escolas católicas não tiveram aula ontem em Fortaleza. É que a maioria das escolas entrou em recesso, por sugestão da Associação das Escolas Católicas (AEC). "Não é só chegar e dizer: 'O papa morreu e não vai ter aula'. A gente sugeriu (a homenagem) e fundamentou", disse a presidente da AEC, irmã Mariluce Nilo.
8 de abril de 2005
Polônia cidade natal do Papa se despede
Centenas de milhares de poloneses se reuniram ontem na esplanada Blonie, em Cracovia, para acompanhar pelo telão o funeral de João Paulo II. a cidade em que o papa viveu por 40 anos se emocionou com a despedida. o clima de contrição se estendeu por todo o país. A esplanada Blonie foi o lugar mais procurado pelos cracovianos durante o solene funeral. Centenas de milhares de fieis acompanharam com emoção e lágrimas o caixão de seu papa até a entrada da cripta vaticana. Fieis de todas as idades e condições sociais lotaram o grande parque, que na noite anterior recebeu cerca de um milhão de pessoas para uma emotiva missa de vigília.
8 de abril de 2005
Líderes mundiais presentes no funeral do Papa
O funeral de João Paulo II no Vaticano conseguiu reunir dezenas de chefes de Estado e de Governo, velhos adversários políticos ficaram lado a lado, em sinal de respeito à memória do Sumo Pontífice. O protocolo acabou deixando lado a lado os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush, e da França, Jacques Chirac, distanciados por causa da invasão e ocupação do Iraque. Eles estavam separados apenas por suas esposas, nas cadeiras da segunda fila. Perto deles, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Um pouco mais distante, o presidente israelense Moshé Katsav, e o da Síria, Bachar al Assad, protagonizaram um histórico aperto de mãos. Os dois países estão oficialmente em guerra.
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