
Sacerdote jesuita, mestre em Teologia, diretor do Mosteiro dos Jesuítas e fundador do movimento Amare
Sacerdote jesuita, mestre em Teologia, diretor do Mosteiro dos Jesuítas e fundador do movimento Amare
Neste mês de agosto, dedicado às vocações, somos convidados a refletir sobre o chamado de Deus em nossas vidas. A vocação primeira e mais fundamental é a cristã, o chamado universal à santidade, como nos recorda São Pedro: "Sede santos, porque Eu sou santo" (1Pd 1,16). Sem esta vocação primordial, todas as outras perdem seu sentido e propósito.
É nesse contexto que celebramos as vocações aos ministérios ordenados, como o diaconato e o presbiterato. A festa de São João Maria Vianney, Cura D'Ars, em 4 de agosto, nos lembra o zelo pastoral que define o sacerdócio, enquanto a memória de São Lourenço, diácono e mártir, em 10 de agosto, nos convida a contemplar o serviço diaconal com fidelidade e entrega. O sacerdócio, como aponta a Carta aos Hebreus, é uma honra que não se toma para si, mas é recebida por meio do chamado de Deus (Hb 5,4), sendo o sacerdote um instrumento pelo qual Cristo age na comunidade, oferecendo os sacramentos e guiando o rebanho de Deus.
Ao recordar minha própria vocação, percebo a mão de Deus a me guiar desde a infância, tal como Samuel, que respondeu ao chamado do Senhor: "Fala, Senhor, que teu servo escuta" (1Sm 3,10). Abraço esta missão com entrega total, sabendo que ela exige ser um reflexo do amor de Cristo, o Bom Pastor, que dá a vida por suas ovelhas (Jo 10,11). Além do sacerdócio, a Igreja celebra outras vocações: o matrimônio, símbolo do amor entre Cristo e a Igreja; a vida consagrada, que testemunha a primazia do Reino de Deus; e a vocação leiga, que traz o Evangelho para o coração do mundo.
Neste mês, honramos essas vocações em datas especiais: o Dia do Padre, no primeiro domingo; o Dia dos Pais, no segundo domingo; o Dia dos Religiosos, no terceiro; e o Dia do Catequista, no quarto domingo. Descobrir e viver a vocação exige oração, discernimento e comunhão com Deus. Como nos ensina Jesus: "A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos" (Mt 9,37).
Que este mês inspire em cada um de nós a renovação do compromisso com a santidade, permitindo que, no silêncio da oração, possamos escutar o suave chamado de Deus, e com coragem e fé, responder como Maria: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38).
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