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Bolsonaro: "Podem me chamar de tosco, mas não podem me chamar de ladrão"
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Bolsonaro: "Podem me chamar de tosco, mas não podem me chamar de ladrão"

De jeito nenhum, nem ele, nem a família, pode convocar o Fabricio Queiroz como testemunha. E ganha um chocolate quem descobrir algum malfeito ou processo contra os Bolsonaros

A manifestação na praia de Copacabana, no Rio, foi vultosa. Porém, (bem) menor da que aconteceu na avenida Paulista, em São Paulo. Pode não significar nada, um recuo circunstancial, ou muito: a perda de força do bolsonarismo.

Isso não demonstra que o ex-presidente Jair Bolsonaro deixará de ter relevância na política nacional. Ele dirige uma poderosa força de extrema direita, que desafia a política tradicional (esquerda e direita moderada), e o Estado Democrático de Direito, por isso é preciso continuar alerta.

O Monitor do Debate Político da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo, que contou 185 mil pessoas no ato bolsonariano na capital paulista, fez as contas novamente. Chegou à conclusão que o evento de Copacabana somou 33 mil pessoas quando o relógio bateu 12h, o horário de maior pico.

Segundo os pesquisadores, o sistema tem precisão de 72,9% e nível de exatidão de 69,5% na identificação de cada indivíduo. Mas assim como contestam a esfericidade da terra, os bolsonaristas também vão duvidar dos números. Para eles, o chutômetro tem precisão de 100%.

Falando a seus sequazes, Bolsonaro pediu anistia aos golpistas, ele incluído, por óbvio, e chaleirou o quanto pôde, o “mito” Elon Musk. Até agora não entendi como se concilia “patriotismo” com a bajulação a um bilionário estrangeiro, além do apoio à intervenção na política brasileira por um comitê da Câmara dos Estados Unidos. Não são esses mesmos caras que atacam o comunismo por seu caráter internacionalista?

Não seria o caso de, mesmo discordando do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, rechaçar esse intrometimento, e dizer como verdadeiros patriotas: deixa que a gente mata no peito?

Em seu discurso, Bolsonaro ainda desafiou: “Podem me chamar de tosco, grosso, mas não podem me chamar de ladrão”. De jeito nenhum, nem ele, nem a família, pode convocar o Fabricio Queiroz de testemunha. E ganha um chocolate quem descobrir algum malfeito ou processo contra os Bolsonaros.

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