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Como deter o aquecimento global?
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Plínio Bortolotti integra do Conselho Editorial do O POVO e participa de sua equipe de editorialistas. Mantém esta coluna, é comentarista e debatedor na rádio O POVO/CBN. Também coordenada curso Novos Talentos, de treinamento em Jornalismo. Foi ombudsman do jornal por três mandatos (2005/2007). Pós-graduado (especialização) em Teoria da Comunicação e da Imagem pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Como deter o aquecimento global?

"O colapso do clima pode ser evitado; basta nos livrarmos do sistema que o produz", escreve Daniel Lemos Jeziorny na revista Outras Palavras. A pergunta é: como?

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) calcula anualmente o Dia da Sobrecarga da Terra, que mede a demanda da humanidade por recursos naturais, e o quanto o planeta pode suportá-la.

No dia 2 de agosto de 2023 os humanos já haviam consumido todos os recursos que poderiam gastar em 365 dias. Passamos então a viver uma espécie de “cheque especial” (expressão do próprio WWF) da terra. Um empréstimo, aliás, que dificilmente será pago, se a humanidade insistir no caminho na qual está trilhando, em direção ao abismo.

O caso é que para atender os padrões de consumo da humanidade, incluindo a estrutura construída para sustentá-la, seria necessário 1,7 planeta terra somente para empatar o jogo. Isto é, para suportar o gasto atual de recursos naturais, o tamanho da terra precisaria quase dobrar.

Corta para as chuvas e enchentes que estão castigando o Rio Grande do Sul, lembrando que fenômenos climáticos extremos vêm acontecendo em todo o mundo, Brasil incluso. Por que isso acontece?

A questão é que, além de consumir mais do que a Natureza pode aguentar, os humanos continuam envenenando o planeta com gases de efeito estufa, exagerando nos uso de pesticidas e de combustíveis fósseis, produzindo e descartando montanhas de objetos plásticos, como se não houvesse amanhã.

Para deter a marcha da destruição, escreve o WSF, é preciso que todos os setores se comprometam com a mudança, garantindo "um futuro mais justo, saudável e em harmonia com o meio ambiente".

Mas será que as grandes empresas poluidoras, o agronegócio predatório, os ricos, com seu consumo exagerado, vão atender pacificamente o apelo do WWF, mudando seu modo de vida para salvar a terra? Será que, nós mesmos, pessoas comuns, estamos dispostos a reduzir a nossa pegada ecológica para aliviar o fardo do planeta?

Ou, enquanto permanecer o capitalismo, um sistema fundamentado no lucro a qualquer preço, o precipício estará cada vez mais próximo? “O colapso do clima pode ser evitado; basta nos livrarmos do sistema que o produz", escreve Daniel Lemos Jeziorny, colunista da plataforma de jornalismo Outras Palavras. Para que essa verdade permaneça ofuscada, afirma ele no artigo, “os noticiário nos inundam de banalidades”, em referência à catástrofe no Rio Grande do Sul. A pergunta é: como superar esse sistema?

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