
Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância
Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância
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Ter ou não ter mais de um filho. Eis a questão. Antes de engravidar da Martina, foram anos pensando se eu ia ter outro filho ou não. Confesso que nos dois primeiros anos da Serena, eu respondia prontamente a quem me perguntasse sobre um suposto irmãozinho ou irmãzinha pra ela: “não”. Era certeiro. Eu não tinha dúvidas. O rojão da primeira maternidade ainda me assolava e eu não podia suportar a ideia de passar por tudo aquilo novamente. Só que passa. E que bom que passa.
No terceiro ano da Serena, lutávamos contra uma grave dermatite atópica que nos tomava toda a energia possível. Um dos médicos pelo qual passamos disse: “se você engravidar de novo, vai dar menos importância para a dermatite dela e vai ver como tudo vai melhorar”. Não preciso nem dizer que o classifiquei como louco, né? Impossível. Naquela fase das nossas vidas, ter outro bebê era inimaginável. O tempo passou e a dermatite melhorou (não foi naturalmente. Um dia eu conto essa história). Foi aí que comecei a avaliar que eu podia e queria sim ser mãe de novo. Os fatores financeiros e psicológicos pesaram muito na decisão, mas o fator: “eu amo ser mãe e nossa família vai ficar ainda maior e mais linda” preponderou.
Hoje, com a Mamá com 1 aninho e Serena aos cinco anos, eu consigo visualizar com mais lucidez essa decisão. Eu olho pra Serena e lembro de como tudo com ela foi mais difícil no início. Pra todo mundo. Mas ao mesmo tempo, que bom que passamos por tudo aquilo e agora temos mais segurança e tranquilidade para lidar com a segunda.
O tempo encurta. Se antes você já conseguia ver um filme ou série, conseguia dormir a noite inteira, conseguia viajar um fim de semana tranquilo e deixar com avós ou pessoas de confiança, você volta três casas e retoma a etapa de muitas entregas e renúncias. E isso pode te fazer pensar em algum momento: “que loucura que eu fui me meter”. Mas aí, do nada, você amanhece com um sorriso banguelo e um olhar de quem te acha a coisa mais importante do mundo dela, e se vê entre um abraço de 4 pessoas que são o mundo uma das outras e que acham esse universo o mais legal de todos. Aí você agradece a si mesma e ao seu companheiro por terem tido a coragem dessa decisão.
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