
Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância
Rachel Gomes é jornalista, mãe da Serena e da Martina e produz podcasts de maternidade há cinco anos. Em 2022, deu início ao MamyCast, primeiro podcast de maternidade do Ceará, onde aborda pautas informativas sobre maternidade, gestação e infância
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Eu amo ser mãe, de verdade. Eu me sinto de fato realizada apenas pelo fato de cuidar das meninas, fazer algo de legal com elas, programar uma experiência nova, viajar em família. Não amo tanto fazer comidas fofas pra vocês, mas eu me esforço pra caramba, vai. Até comprei garfinhos coloridos e pratinhos de bichinhos. Existem também os dias desafiadores, como hoje, quando nós três adoecemos juntas e uma maratona de remédios se montou sobre nós. É, eu não amo os dias com as duas doentes. Mas eu as amo, doentes ou sadias.
Amo sem dúvidas o aconchego do abraço que parece te apertar mas, na real, é um aperto delicioso e quentinho. Amo ouvir o “Mamãe” de boquinhas tão pequeninas e com vozes tão fininhas e doces. Amo ouvir como foi o dia na escola, quem brigou com quem e depois fez as pazes. Amo, sem dúvidas, acompanhar o desenvolvimento, ensinar coisas novas, introduzir temáticas e histórias. Amo ver umas perninhas curtas e grossas ensaiando um caminhar. Amo ouvir a fala empolgada contando que foi sorteada e vai ler uma frase no aniversário da escola. Ah, como eu amo!
Mas eu também me sinto por vezes exausta. Me sinto sufocada pela rotina e pelas imensas responsabilidades que nos massacram e sinto o peso de não ser mais a única dona do meu nariz. E dizer isso soa errado, e logo me sinto culpada. Eu reclamo baixinho porque se alguém ouvir vai rapidamente soltar: “Ué, mas você não ama ser mãe?”. Amo! Mas todo amor tem seus cansaços e deveria estar tudo bem. Se você ouvir uma mãe reclamando da maternidade, jamais a julgue. Jamais ouse pensar que ela não ama aquela criança mais que tudo nesse mundo. Ela ama aquilo, mas tem o direito de sentir as dores desse amor.
Para Serena e Martina. Amo vocês, mas às vezes fico cansada. Me perdoem por isso.
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