Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC, é especialista nas áreas de História da Arquitetura e do Urbanismo, Teoria de Arquitetura e Urbanismo, Projeto de Arquitetura e Urbanismo e Patrimônio Cultural Edificado. Escreve para o Vida & Arte desde 2012.
Senhoras e senhores, tomem seus lugares à frente da TV, do celular e do computador que a corrida começou. Sim, será mais do mesmo, só que desta vez o show está mais para hard core do que para vôo de colibri. Em vez de propostas exequíveis voltadas à resolução dos problemas desta sofrida cidade, baixarias, memes, xingamentos, mentiras a granel e toda sorte de baboseiras. Claro, os histriônicos postulantes a vereador de sempre já mostram as caras, que sem eles o horário eleitoral não teria a menor graça. Por que concorrem, já que não serão eleitos? Talvez por carência, quiçá por vontade de aparecer, sabe-se lá. No quesito moda, tem do casual chic passando pelo street wear ao canelau look. Em menos de um mês, o primeiro turno das eleições municipais. Segurem-se...
As pesquisas estão completamente baratinadas, não se sabe se pelo método investigativo delas ou pela falta de credibilidade de alguns institutos. Numa, o aspirante a alcaide encontra-se avançado em relação aos seus opositores; noutra, acha-se lá na rabeira, vá entender. Aliás, quem precisa de pesquisa eleitoral para definir seu voto é gente que nunca teve educação político-ideológica ou que há muito a rebolou na lata do lixo. Não será o sujeito engomadinho com seu meloso discurso quem vai ganhar o eleitor consciente. O formato debate/programa eleitoral/santinho está completamente superado pela intensidade pantanosa das redes sociais, onde vicejam patranhas mil. As muitas promessas que jamais serão cumpridas embrulham o estômago. Política baixa.
E quanto aos candidatos a prefeito? O atual ocupante do Palácio do Bispo e concorrente à reeleição passou meses desaparecido da cidade e teve que criar um personagem metido a descolado para se comunicar com o povo de Fort City. Vai dar certo? Tenho as minhas dúvidas. O chefe dos amotinados, com seu rosto de bom moço, que não engana ninguém. Aliás, os incautos é que se enganam com ele. O deputado federal conhecedor da anatomia humana que se diz anti-sistema. Se por anti-sistema se entende alguém que não reconhece nem respeita a Constituição Federal e os poderes constituídos, tal como o seu mentor, aí é caso de falta de decoro parlamentar a ser punida. O requerente que aguarda ansiosamente pelo apoio da Loura, que talvez nunca venha. E o resto é traço...
Anoto mentalmente essas impressões enquanto assisto na Praça do Ferreira a um ato do Movimento Crítica Radical. Meus valorosos e combativos amigos do grupo há muito elegeram a política e o capitalismo como entes dignos de serem levados ao paredão. "Emancipação ou extinção!", bradam eles. Ora, o que é isso senão uma forma de se fazer política? Eliminar a política evitaria as disputas, tão caras aos seres humanos? Disse Platão que "não há nada de errado com aqueles que não gostam de política; simplesmente serão governados por aqueles que gostam". É do jogo, como dizem os sábios. A tarde cai enquanto meu pensamento voa e pousa na peleja entre o pretenso Dono do Mundo e o Togado Careca. Quem ganhará? Melhor merendar um pastel com caldo de cana.
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