
Psicóloga e psicanalista
Psicóloga e psicanalista
Vibrando com nossas atletas nas Olimpíadas de Paris, não recordo ter escutado de forma tão amiúde (em edições anteriores) a referência à saúde mental no desempenho dos atletas. Simone Biles, que o diga. A medalhista americana que abandonou a competição três anos atrás alegando questões mentais, em uma entrevista descrevendo sua rotina, abriu um sorrisão dizendo que "toda quinta-feira vou pra minha terapia".
Nos primeiros jogos da era moderna, também realizados em Paris no ano de 1896, o pedagogo e historiador francês Pierre Frédy, conhecido pelo seu título nobiliárquico de Barão de Coubertin, dizia que a presença das mulheres nos estádios era algo desagradável, desinteressante e imprória. Nesse mesmo ano em Viena, Sigmund Freud abandonava a teoria do trauma e a técnica da hipnose passando a convocar suas pacientes (sim, a psicanálise nasceu com as mulheres) a falarem.
Entra em cena a associação livre, método no qual o analisando fala livremente e o analista "consegue devolver alguma cor e magia à empalidecida palavra". O mestre de Viena nos dizia "nada mais acontece entre eles do que uma conversa. O analista não utiliza instrumentos, nem mesmo para o exame, nem prescreve medicamentos". Sua invenção possibilitou tratar nossas dores, nossos sofrimentos, nossos sintomas por meio da palavra.
Como costumo dizer aos meus alunos, fazer terapia não significa resolver todos os problemas da vida, não significa abolir o sofrimento, não significa livrar-se da angústia. Não. Não nos curamos daquilo que somos. Um processo psicoterápico quando bem conduzido significa deixar de sofrer loucamente para sofrer saudavelmente! Isso demanda tempo, paciência, persistência, assim como a conquista de uma medalha olímpica. São treinos, treinos, treinos, dores, muitas dores, muita abdicação, muita pulsão de vida!
Esse mês de agosto tem sido de muitas comemorações. Valeu, Beatriz Souza; valeu, Rebeca; valeu, Tatiana; valeu, Beatriz Ferreira; valeu, Rayssa; valeu, Flávia; valeu, Jade; valeu, Júlia; valeu, Lorrane; valeu, Ketleyn, valeu Rafaela, valeu, Larissa. E teremos mais! No próximo dia 27 comemoramos o Dia do Psicólogo data que marcará também a abertura das comemorações dos 40 anos do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza. Temos muito a comemorar!
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