O ex-jogador Sérgio Redes, ou
O ex-jogador Sérgio Redes, ou
Os negros, com suas crenças, danças e magias, enriqueceram o futebol brasileiro. O gol de bicicleta de Leônidas da Silva; os dribles dos Ronaldinhos; as arrancadas de Jairzinho; a folha seca de Didi; o gênio Romário; e os 1.283 gols de Pelé.
Foi atrás de um negro com as características desses jogadores que um representante do Real Madrid veio ao Brasil e adquiriu, por R$ 164 milhões, junto ao Flamengo, o passe de Vini Jr. A joia rubro-negra era "de menor" e tinha que esperar a maioridade para se transferir.
Vini Jr. enfrentou barra pesada. A adaptação foi lenta, a ponto de a imprensa espanhola publicar que o Real tinha jogado dinheiro fora. Quando o italiano Carlo Ancelotti substituiu Zidane no comando técnico, tudo melhorou. Prestigiado, ganhou confiança e se recuperou.
O drible? Sua arma. Penso que, ao driblar, os negros estariam enganando uma sociedade que lhes reserva os piores lugares. Vini Júnior, de posse da bola ou antevendo o que poderia acontecer, executava uma série de movimentos sinuosos, deixando os adversários tontos.
Fazia um gol e sambava na lateral do campo. A imprensa espanhola queimou ruim. Pedro Bravo, presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, agrediu: “Quando fizer um gol tem que parar de fazer macaquice. Se quer dançar, que vá ao Sambódromo”.
E a perseguição aumentou. Racistas penduraram um boneco pelo pescoço, vestido com sua camisa, numa ponte em Madri. Reagiu interrompendo uma partida no estádio do Valencia ao denunciar ao árbitro fascistas que o ofendiam. Foi expulso do campo e entrou para a história.
Pensaram até que ele ia sair da Espanha. Foi o contrário! Passado o momento ruim, passou a jogar melhor. É bonito ver um sujeito com força mental e arte lutando por suas convicções. Fascinada com seu futebol, a imprensa europeia se derrama em elogios ao melhor jogador do mundo.
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